De acordo com as contas do secretário de Fazenda, Lindomar dos Santos, se os índices se mantiverem no mesmo patamar, ao final do ano os cofres do município fechariam o ano com um rombo de R$ 76 milhões
na Gazeta do Povo
As contas da Prefeitura de Londrina estão com um déficit de R$ 37 milhões. Este número faz parte do levantamento prévio realizado pelo secretário de Fazenda, Lindomar dos Santos, e foi anunciado em entrevista coletiva na tarde desta sexta (3). Segundo ele, se os índices se mantiverem no mesmo patamar, até o final do ano os cofres do município acumulariam um rombo de R$ 76 milhões.
Os números são diferentes dos apresentados na Câmara dos Vereadores na última quinta (2) porque só foram levantados os dados da administração direta. Órgãos da administração indireta, como aCompanhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), a Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf) e a Fundação de Esportes de Londrina (FEL) ainda estão tendo as contas analisadas.
Um exemplo da diferença entre arrecadação e gastos na administração municipal foi apresentado pelo secretário. Um único contrato de coleta de lixo da CMTU apresenta gastos de R$ 28 milhões, mas tem arrecadação, através da tarifa de coleta de lixo, de R$ 10 milhões, R$ 18 milhões de déficit. “Ainda estamos analisando a administração indireta. Estamos torcendo para que a diferença de caixa seja menor do que os R$ 93 milhões anunciados ontem, mas esse número pode ser maior”, falou Santos.
Sobre a queda na arrecadação, o secretário aponta uma situação típica em anos eleitorais. “São muitos os motivos para o contribuinte não pagar os tributos. Em ano eleitoral, por exemplo, existe pessoas que não pagam os impostos esperando por anistia”, explicou.
O secretário de Fazenda despachou uma recomendação para os titulares das outras pastas para que controlem os gastos com água, luz, telefone e materiais de consumo. Nas contas de Santos, será preciso uma economia de cerca de 40% em todos os setores da administração para que as contas da Prefeitura não fechem o ano no vermelho.
Todos os secretários precisarão apresentar balanços mensais sobre os gastos. “Os órgãos vão ser avaliados, isso é natural. Nós estamos contingenciando as despesas que achamos desnecessárias. Estamos fechando um pouco a torneira, e vamos abrir aos poucos quando acharmos que temos condições”, falou o secretário, definindo as ações futuras do governo.
Santos não descartou mudanças no orçamento da prefeitura. “Temos um orçamento e existe uma proposta para readequação. Vamos avaliar essa proposta de acordo com o que temos de arrecadação. É uma medida austera, mas necessária, para que a gente possa ser uma fonte segura para o prefeito saiba exatamente o que está acontecendo na Prefeitura”, falou.
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