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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

População feminina atenta ao câncer de mama


"Outubro Rosa" colore Brasília durante todo o mês. Campanha pela conscientização da luta contra o câncer de mama.

Agência Brasília - 


A cor rosa vai enfeitar os principais monumentos e pontos turísticos de Brasília durante o mês de outubro. Locais como o Congresso Nacional, a Esplanada dos Ministérios e o memorial JK receberão a iluminação em alusão à cor do laço que é símbolo mundial da luta contra o câncer de mama. A ação faz parte do movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa.
Lançada no Distrito Federal pelo secretário de Saúde, Rafael Barbosa, e pela secretária da Mulher, Olgamir Amancia, nesta segunda-feira (1º), a campanha pretende alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, sendo responsável por 22% das ocorrências a cada ano. 
No DF, são diagnosticados cerca de 880 novos casos todos os anos. Em 2011, foram registrados 170 óbitos. Segundo o secretário de Saúde, o maior problema ainda é a detecção tardia da doença. “As mulheres devem realizar o autoexame e, a partir dos 40 anos, procurar a rede para fazer a mamografia ou ecografia. Se houver histórico familiar, recomenda-se o exame aos 35 anos”, apontou Rafael Barbosa. 
Para conscientizar a respeito da prevenção, o Outubro Rosa prevê um calendário de atividades. “Vamos distribuir materiais informativos sobre como se prevenir e onde fazer o exame de mamografia”, afirmou Olgamir Amancia, ressaltando dois eventos no Congresso Nacional: a sessão solene, hoje, às 18h30; e a mesa de debate com a presença de médicos e cirurgiões, no dia 18, às 9h30. 
Ações na Saúde – Aperfeiçoar a rede de atendimento para prevenção e tratamento de casos de câncer de mama é a meta da Secretaria de Saúde. Entre as principais iniciativas está a Unidade Móvel de Saúde da Mulher. Lançada no dia da mulher, em 8 de março, ela percorre regiões do DF e realiza mamografias, ultrassonografias e exames preventivos. A chamada Carreta da Mulher já realizou mais de 19 mil exames, entre eles 5,7 mil mamografias. 
Com o sucesso do projeto, está prevista a aquisição de mais cinco unidades móveis, duas ainda este ano. A carreta está interligada à atenção primária, com o objetivo de otimizar o diagnóstico realizado pelos 11 mamógrafos existentes nos hospitais regionais. De acordo com a gerente de câncer da Secretaria de Saúde, Cristina Scandiuzzi, existe a possibilidade de ampliação do funcionamento dos aparelhos, que geralmente atendem das 7h às 19h. 
A criação de três centros de diagnóstico precoce com equipamentos de alta tecnologia nos Hospitais de Base e Regionais de Sobradinho e Ceilândia também promete melhorar a recepção das pacientes. A unidade em Sobradinho deve ser inaugurada na próxima semana. A regulamentação das consultas com médicos mastologistas, por sua vez, vai possibilitar o encaminhamento imediato caso o exame confirme a doença. 
A demanda reprimida de operações de reconstrução mamária também está sendo solucionada. A fila de espera, que era de 364 pessoas em 2011, foi reduzida a 42 com a realização de mutirões de cirurgias. A expectativa é que a fila seja zerada até o final do ano. “Estamos reorganizando a rede de saúde para garantir acesso qualificado e tratamento multidisciplinar a essas mulheres”, destacou o secretário de Saúde. 
Prevenção – A partir dos 20 anos, a mulher já deve ficar atenta ao próprio corpo e se submeter a exames preventivos ginecológicos e fazer o autoexame de mama. Para identificar sintomas do câncer de mama, o recomendável é que a partir dos 40 anos seja feita mamografia a cada dois anos. Caso a mulher tenha histórico da doença na família, é recomendável o procedimento a partir dos 35 anos. 
Se os testes clínicos apontarem alguma alteração, a mamografia também poderá ser antecipada. “Historicamente, a mulher não foi ensinada a cuidar de si mesma, mas sim a cuidar dos outros. Com o Outubro Rosa, do qual o DF participa desde o ano passado, estamos construindo um esforço para enfrentar o debate sobre o câncer de mama”, enfatizou a secretária da Mulher. 
Ponto eletrônico – Durante o lançamento da campanha, o secretário de Saúde comentou a liminar da Justiça que adiou por 30 dias o uso do ponto eletrônico no Hospital de Base por 30 dias. O argumento utilizado pelo Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico-DF), que entrou com o pedido na sexta-feira, foi de que o período para adaptação às novas regras estava curto. Segundo Rafael Barbosa, a inclusão do ponto eletrônico foi amplamente discutida com os trabalhadores e não teve negativa por parte de nenhuma categoria na época. “No Hospital de Santa Maria, por exemplo, a medida já está funcionando e nunca foi questionado”, exemplificou o secretário. “O ponto eletrônico é uma política de modernização da gestão e veio para controle social, até mesmo da própria população”, acrescentou.

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