Uma desaceleração significativa no financiamento global de campanhas contra a malária ameaça reverter os ganhos impressionantes feitos contra a
doença transmitida por mosquitos durante a última década, avaliou a agência de saúde das Nações Unidas hoje (17) no lançamento de seu relatório de avaliação anual sobre a doença.
No Relatório Mundial da Malária 2012, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a rápida expansão no financiamento global para a prevenção e controle da malária entre 2004 e 2009 se estabilizou entre 2010 e 2012. “Estes desenvolvimentos são sinais de uma desaceleração que pode ameaçar reverter as recentes conquistas notáveis na luta contra um dos líderes mundiais em mortes por infecção”, disse a agência em um comunicado de imprensa sobre o relatório.
“Se não formos capazes de nos unir e resolver urgentemente o déficit, não haverá como evitar uma crise humanitária”, disse o Enviado Especial do Secretário-Geral para a Malária, Ray Chambers, no relatório. “Milhões de crianças podem ser salvas nos próximos anos, com métodos que já provaram o seu sucesso, ainda que vamos perder essa chance se os fundos não forem mobilizados imediatamente”.
“Nós não podemos progredir ainda mais, a menos que se assegure que o financiamento sustentável e previsível esteja disponível”, disse a Diretora Executiva da OMS, Margaret Chan. “Devemos agir com urgência e determinação para impedir que esse tremendo progresso fique fora do nosso alcance.”
A malária atingiu cerca de 219 milhões de pessoas no mundo em 2010, matando cerca de 660 mil, em sua maioria crianças menores de cinco anos de idade, observou a OMS. Cerca de 80% das mortes por malária ocorrem em 14 países endêmicos, com Nigéria, República Democrática do Congo e a Índia entre os mais afetados.
Acesse o relatório na íntegra em http://bit.ly/WjC4Ve
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