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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MST propõe a Dilma Rousseff o assentamento de acampados até 2014


Presidenta visitou cooperativa de sem-terra no Paraná e anunciou incentivos ao desenvolvimento dos assentamentos

 no Brasil de Fato


Em discurso proferido em ato político com 5 mil trabalhadores rurais, nesta segunda-feira (4), a presidenta Dilma Rousseff reiterou que “o acesso à terra é indispensável”. A declaração foi dada durante a visita ao assentamento Dorcelina Folador, sede da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), em Arapongas (PR).
Durante a visita, a direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregou uma carta à presidenta. No documento, o MST reivindica o assentamento de todas as famílias acampadas até 2014.
“O exemplo da Copran mostra que a reforma agrária é viável e necessária. Por isso propomos o assentamento de todas as famílias acampadas até o fim de 2014, a garantia da assistência técnica pública, políticas de crédito específicas para as famílias assentadas, universalizar o acesso à educação de qualidade e a criação de um programa para o desenvolvimento das técnicas de produção agroecológica”, disse Roberto Baggio, integrante da direção nacional do MST.
A presidenta inaugurou a agroindústria de laticínios, após percorrer todas as instalações de ordenha e industrialização do leite realizada pelas famílias camponesas. Na ocasião, a presidenta Dilma Rousseff se comprometeu a “levar as práticas da Copran para todo o Brasil”.
“Estamos diante de uma das melhores práticas agrícolas que já vi. O Brasil pode ver na Copran um projeto de primeira. Aqui há um padrão tecnológico de produção de primeira linha. O aumento da capacidade de produção implica em melhoria de renda, que é maior avanço”, disse a presidenta.

Terra Forte
A presidenta lançou ainda o programa Terra Forte, que investirá R$ 600 milhões para apoiar projetos de agroindustrialização da produção de assentamentos de reforma agrária. O projeto tem o apoio de ministérios, BNDES e Fundação Banco do Brasil. O programa é inspirado na experiência de produção de laticínios da Copran.
“Aqui eu vi a construção de uma vida melhor, por homens e mulheres dedicados, que com seu compromisso de ação cooperada, foram capazes de agregar conhecimento e tecnologia na produção e construir uma vida melhor para seus filhos. Me comprometo a levar as práticas daqui para todo o Brasil. A Reforma Agrária é a democratização à posse da terra. Ela terá resultados melhores se puder ao mesmo tempo mudar os padrões de produção. Hoje vimos que não só pode, como ocorreu. Vi um modelo de cooperação, participação coletiva e a capacidade de organização de todos os envolvidos no projeto. Vi aqui um caminho firme para o Brasil, que transformará nosso país”, pontuou Dilma. A presidenta da República ainda mencionou o compromisso do governo com a ampliação do acesso às políticas tais como o Minha Casa, Minha vida, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Além de Dilma, participaram da visita à Copran o governador do Paraná, Beto Richa; os ministros da secretaria geral e Agricultura, Gilberto Carvalho e Mendes Ribeiro respectivamente; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, prefeitos, deputados, além de representantes de movimentos sociais e sindicatos.

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