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domingo, 3 de março de 2013

É ESSE O MUNDO QUE A GENTE QUER?

Por Isabele Moura, ex-aluna do Colégio Estadual Antônio Prado Junior


Com início em maio de 2012, o convênio entre as secretarias estaduais de educação e de segurança estabeleceu a presença de policiais militares dentro do ambiente escolar, com a justificativa de “proteger” os alunos e funcionários e coibir o consumo de drogas, assim como um possível aliciamento para o tráfico, que aconteceria no entorno das escolas.

Como sempre, os afetados por tais decisões, não tiveram direito à opinar, manifestar-se ou muito menos se rebelar contra a atitude. Até por que, uma vez instituída a força repressora, como poderíamos lutar contra ela?

Alunos se viam constrangidos, reprimidos e coagidos. Até que ponto o mesmo indivíduo que te ameaça é aquele que te protege?

Como tratar da educação, em meio à um ambiente que te impõe a violência? Será mesmo necessário tratar a educação sob armas de fogo?

É inaceitável que situações onde seriam resolvidas à base da conversa se tornem casos de polícia. Sejam discussões, brigas e até mesmo um namoro.

A presença de policiais militares no interior das escolas, é a maior forma explícita de repressão aos estudantes. Quando na verdade a proteção que precisamos é nos nossos direitos educacionais e não a “proteção” de uma força de segurança prepotente.



Comentário da Janeslei Albuquerque
Faço minhas as palavras da Isabele. No Paraná, avança a passos largos o processo de policialização da escola. É o paradigma policial-penitenciário servindo de modelo pra educação. A pergunta que fica é: É ESSE O MUNDO QUE A GENTE QUER?

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