recebi do SindSaúde
Os funcionários saúde vão parar em protesto contra o governo. Há pendências na pauta de reivindicações (veja a lista abaixo) que estão de aniversário. O salário e a gratificação estão defasados. As condições de trabalho são péssimas. Cada um dos hospitais da rede própria do Estado apresenta uma enorme lista de problemas que afetam diretamente à população usuária.
Podemos afirmar que não é tarefa fácil paralisar atividades essenciais. As reivindicações dos trabalhadores datam do primeiro mês do governo atual. Disposição para o diálogo não faltou. Nas reuniões realizadas com a gestão, o sindicato sempre se pautou pela apresentação dos problemas e propostas. Ofícios e requerimentos com proposições concretas para o atendimento das reivindicações da categoria foram protocolados. São dois anos e meio intercalados com atos de protesto com adesão maciça da categoria.
O governo iniciou a gestão dizendo que tinha de se apropriar da situação. Passados dois anos e meio, o patrão continua com afirmações vagas. "Estamos analisando, estudando, avaliando, calculando."
Em meio a essa falta de priorização da Secretaria do Estado da Saúde em definir e colocar em prática medidas de valorização do servidor de carreira, a categoria resolveu fazer um dia de paralisação.
Examine o raio-x de alguns dos hospitais que vão parar nesta terça-feira, 4/6.
Hospital Zona Norte, Londrina - Superlotação nas enfermarias e no pronto-socorro. Material básico nem sempre disponível. Por vezes falta carne, falta leite indicado para uso pediátrico, e até gaze para fazer os curativos. Junto com isso, o setor de lavanderia não funciona com serviço próprio, e a terceirização do setor também causa danos. Não é incomum a roupa mal lavada ter de ser desprezada e retornar ao processo de lavagem.
Hospital Zona Sul, Londrina - Superlotação nas enfermarias e no pronto-socorro. Material básico nem sempre disponível. Laboratório terceirizado com a demora no resultado até de exames urgentes. Lavanderia terceirizada com qualidade inferior na roupa lavada. Médicos com contratos precarizados também são penalizados.
Hospital Regional do Sudoeste , Francisco Beltrão - Inaugurado há três anos, o Hospital ainda não atingiu seu pleno funcionamento. Um rápido passeio pelos corredores do prédio e se percebe que há enfermarias trancadas. Que uma sala cirúrgica não funciona. Que a brinquedoteca nunca foi aberta. Que a UTI funciona parcialmente. Que na lavanderia falta espaço para tanta roupa suja e limpa. Que o improviso muitas vezes é necessário, nem que pra isso não se respeite normas técnicas da vigilância sanitária.
Hospital Regional do Litoral, Paranaguá - Enfermarias e pronto-socorro superlotados. A maternidade está em local improvisado há três anos. Pouca gente para completar as equipes e melhor atender a população. O HRL apresenta problemas de infraestrutura. A lavanderia é inadequada para a tonelada de roupa lavada diariamente. É nessas condições que os trabalhadores vivem o drama de atender a população que busca o Hospital do Litoral.
No dia 4 de junho a categoria estará em frente às unidades que vão parar em sinal de protesto contra todo o descaso. Além de soluções para os problemas específicos dos hospitais, os servidores reivindicam:
- PCCV próprio da saúde
- Aprovação de lei de auxílio transporte contemplando toda a categoria e com valor de 24% do inicial de tabela.
- Correção em 27% do valor da gratificação paga à categoria.
- Definição de norma para apresentação de Declaração Médica.
- Revogação do parecer sobre efetivo exercício em estágio probatório.
- Em defesa dos trabalhadores. Em defesa da saúde pública e de qualidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário