na Gazeta do Povo
Estudantes do 9.º ano do ensino fundamental de Curitiba estão entre os que mais consumiram drogas ilícitas alguma vez na vida. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), divulgada pelo IBGE no ano passado, 14,4% dos alunos da cidade já experimentaram drogas como maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume e ecstasy. O porcentual é o segundo maior do Brasil, atrás apenas de Florianópolis (17,5%). Na média das capitais, o valor é de 9,9%. A pesquisa foi amostral, com 2,1 mil estudantes em Curitiba e 109,1 mil em todo o Brasil.
Para reverter essa situação, a Prefeitura de Curitiba informa que investe em ações de prevenção nas escolas, especialmente na rede pública. “Embora a gente procure não trabalhar com estigmas, há uma prevalência de consumo no ensino público, em comunidades periféricas e no público jovem”, explica Diogo Busse, do Departamento de Política sobre Drogas. “O principal gargalo é a questão da linguagem, como disseminar conteúdo educativo e preventivo. A cultura do medo não atinge os jovens”, relata.
Famílias
A administração municipal também tem investido em palestras com líderes comunitários e agentes públicos, como guardas civis e servidores das administrações regionais. Entre julho e dezembro, foram capacitadas 600 pessoas, segundo Busse. Um convênio com o governo federal, que deve ser implantado a partir de março, pretende criar equipes multidisciplinares para orientação direta nas comunidades. A meta é atingir 8 mil famílias.
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