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quinta-feira, 20 de março de 2014

Ministro da Saúde Chioro dá um baile nos deputados da oposição. Caiado deu vexame.

O ministro da Saúde Arthur Chioro deu um baile nos deputados da oposição que o convocaram para uma audiência na Câmara para falar sobre médicos cubanos.

Convicto, bem informado e bom de debate, Chioro saiu-se muito bem nas respostas e entregou uma cópia do termo de cooperação entre Brasil e Cuba intermediado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para fornecer profissionais para o Programa Mais Médicos. 

Na prática, virou 5 horas de propaganda governamental positiva, ao passar o tempo todo defendendo o programa Mais Médicos. A agressividade da oposição só fez os deputados se queimarem mais ainda.

A oposição deve ter saído dali falando: "Maldito Eduardo Cunha! Ah... se arrependimento matasse". (*).

Em resposta a questionamento feito pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), Chioro lembrou que os médicos cubanos que vieram ao Brasil assinaram um contrato com todos os detalhes e sabiam das condições que encontrariam aqui. 

“Respeito os argumentos do senhor, mas a Opas é uma organização internacional respeitável e com sede em Washington (EUA). Ela não é ligada ao Brasil ou a Cuba.” - disse o ministro.



Ele negou também que exista perseguição contra os profissionais. “Não posso dizer quanto à situação em Cuba, mas aqui eles são livres”, garantiu. 

Chioro disse que, ao contrário do que foi noticiado, os profissionais cubanos estão satisfeitos em participar do programa. Segundo ele, entre os profissionais que saíram do programa estão 79 brasileiros e apenas sete cubanos. “Tivemos apenas 0,09% de desistência entre os cubanos”, comemorou.

O ministro explicou aos parlamentares que o Mais Médicos é composto por medidas emergenciais – como a vinda de médicos de outros países para cobrir a demanda de municípios que apresentam déficit de profissionais – e de medidas estruturantes, que serão tomadas no longo prazo, como a abertura de mais vagas em cursos de medicina e a expansão da graduação de medicina obedecendo a critérios de relevância e necessidade social.

“É importante que fique claro que o esforço que o Governo Federal vem fazendo, junto com estados e municípios, não é só de provimento de médicos, mas sim de fazer as melhorias estruturais que o país precisa”, disse Chioro. 

O ministro também apresentou exemplos da importância do programa em alguns municípios.

“O município de Cáceres (MT), hoje, passa a contar com 11 médicos do programa e conseguiu pela primeira vez completar uma equipe de saúde da família. Em Boa Vista (RR), temos a capital do estado, hoje, com 54 médicos do programa. Temos o exemplo de Marliéria (MG), no Vale do Aço, onde depois de oito meses sem presença do médico, passou a ter profissionais do Programa”, detalhou.

Arthur Chioro questionou também a alegação de que o ministério teria exagerado sobre a construção de unidades de pronto-atendimento (UPAs) e centros de saúde. “O ministério não constrói. O ministério destina recursos para que estados e municípios construam”, disse. (Com informações da Ag. Câmara)

(*) O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi quem arregimentou votos da base governista para oposição conseguir a convocação dos ministros

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