Lerner ficou conhecido como o governador da industrialização e da privatização; Requião como o governador dos mais pobres, das políticas sociais e da truculência e Beto Richa???? Vamos aos fatos.
no Blog da Joice Hasselmann
A história política recente do Paraná foi protagonizada pelo comando de três homens a frente do governo. Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa. Agora eu estava pensando cá com meus botões nos erros e acertos de cada gestão, e em qual é a marca ou bandeira deixada por esses homens. É fácil lembrar.
Jaime Lerner. Visto como o governador que industrializou e modernizou o Paraná.
Pontos positivos: é lembrado como o homem que abriu o campo da industrialização no Paraná, que modernizou o Estado, que investiu na Infraestrutra, que abriu estradas e que fez a economia andar.
Pontos negativos: também é lembrado pelas privatizações, venda do Banestado, pela tentativa de venda da Copel e pela implantação do anel de integração e consequentemente o pedágio, tema até hoje polêmico no estado. Lerner com seus erros e acertos deixou sua marca.
Roberto Requião. Visto como o governador dos mais pobres.
Pontos positivos: é lembrado como o governador das políticas sociais, da luz fraterna, do leite das crianças, das políticas de incentivo para pequenas e micro empresas. Enquanto governador não fez empréstimos para o Paraná.
Pontos negativos: também é lembrado como um governador intransigente, que empregou parentes no governo e que passou por escândalos como o caso das TVs laranjas, envolvendo a Secretaria de Educação a época comanda por Maurício Requião, e a Operação Dallas, que investigou o Porto de Paranaguá comandado por Eduardo Requião.
E Beto Richa? E Beto Richa?
Beto manteve algumas políticas dos governos anteriores, inclusive as ruins como nepotismo e privatizações. E cá entre nós minha gente, Beto é um bom menino, bom de papo, simpático, bom vivan, gosta de uma festa e de uma balada, mas a simpatia e bronze do moço não podem ser enquadrados exatamente em pontos positivos para um governador. Fiquei a procura de uma grande obra, uma grande inauguração, um grande projeto para o estado que pudesse de fato ser a marca da gestão Beto Richa. E…simplesmente não há. O governo está acabando e o que existem são assinaturas de promessas de liberação de verbas que não estão sendo cumpridas. E lamentavelmente enquanto isso o Estado está afundado em dívidas, inadimplente, com o servidor público descontente fazendo greves, com os mais pobres descontentes porque falta saúde, faltam policiais e logo segurança, faltam livros e até merenda nas escolas. O comércio está descontente, o pequeno empresário descontente, tem até secretário descontente. Sobram reclamações. Claro que há alguns poucos privilegiados contentes, mas isso também não é exatamente algo bom.
No entanto, a eleição está chegando e a preocupação dos marqueteiros e da Comunicação em torno do governador também. O que mostrar? Dentro do alto escalão do governo Beto Richa quando se questiona qual a grande marca que será apresentada ao eleitor o que se ouve é o seguinte: “a marca é o próprio Beto”.
De novo?
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