"Não há provas de que os negros foram maltratados durante a escravidão", defendeu Bolsonaro
CASA GRANDE - Após exigir intervenção militar contra a invasão comunista programada para 2014, cidadãos esclarecidos do Morumbi organizaram uma passeata ordeira e pacífica pela volta da escravidão. "Ninguém aguenta mais essa classe C emergente. Hoje em dia contratar uma babá custa uma fortuna e as empregadas domésticas estão cheias de direitos. Agora querem carro. Assim vamos virar uma Venezuela!", explicou a empresária Yara Caetano. "O povo de Moema anda dizendo que mora na Vila Nova Conceição, onde já se viu!", completou a empreendedora.
Sob a batuta de Maycon Freitas, líder dos movimentos de junho, que admite estar 85% politizado, o grupo trotará pela Avenida Paulista de fraque, cartola, monóculos e polaina. "Peparamos gritos de ordem contra aquela protopetralha chamada Princesa Isabel", bradou Freitas, enquanto acendia uma fogueira para queimar a bruxa Marilena Chauí.
O grupo defende a volta da escravidão até que as relações entre patrões e empregados seja restabelecida. "É uma oportunidade para setores esclarecidos da sociedade brasileira se manifestar", cravou o agropecuarista Marcos Barbosa. "Ninguém aguenta mais esse clima de insegurança jurídica", arrematou.
No final da tarde, houve uma dissidência no movimento. Uma ala de coxinhas de vanguarda se descolou do grupo para exigir que o Brasil volte a ser colônia de Portugal. "Quando a família real portuguesa estava por aqui, ninguém falava em comunismo", discursou Andrea Matarazzo, brandindo no ar um exemplar do livro No País dos Petralhas.
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