Projeto do IBGE que vai fazer raio-x da saúde no Brasil entra na segunda fase

O sangue e a urina de voluntários de 671 municípios de todo o Brasil serão analisados. O trabalho é coordenado pelo Hospital Sírio-Libanês de SP

no G1

Um projeto ambicioso que vai fazer um raio-x da saúde dos brasileiros está entrando na segunda fase.

O IBGE já descobriu muitas coisas sobre nós brasileiros, como é a nossa casa, qual a nossa idade, o número de filhos, se temos geladeira, televisão, computador. Agora o IBGE quer saber como estamos por dentro. Pela primeira vez vai medir como está a nossa saúde.

“Alguns exames que a gente vai colher aqui hoje, permite a gente verificar se tem anemia, se o colesterol está alterado”, explica uma participante do projeto.

Andresa é uma das 20 mil pessoas escolhidas pelo IBGE para participar da pesquisa que já visitou várias cidades do Norte e do Nordeste e agora percorre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Dois grandes laboratórios do país estão envolvidos na pesquisa. O trabalho é coordenado pelo Hospital Sírio-Libanês de São Paulo. Serão analisados o sangue e a urina dos voluntários de 671 municípios de todo o Brasil.

Com esses exames vai ser possível inferir várias coisas: entre elas a quantidade de sal e de açúcar que nós brasileiros estamos costumamos consumir todos os dias. O excesso de sal pode contribuir para a hipertensão e as doenças coronarianas. O excesso de açúcar para o diabetes e a obesidade.

“O plano é justamente ver esse perfil para a gente conseguir enxergar como o brasileiro se alimenta e como que isso está ocasionando prejuízo ou não à sua saúde”, afirma Sílvia Cardoso, coordenadora da coleta de amostras.

Todos os dados serão encaminhados para a Fundação Osvaldo Cruz onde os resultados serão analisados.

“O IBGE e a Fundação Osvaldo Cruz vão preparar o material, para aí sim começar as análises populacionais que deverão redundar em novas políticas de assistência à saúde, uma vez que essa amostra é representativa de 100% de todas as categorias, classes sociais e situações de saúde que nós temos no Brasil”, declara Gonzalo Vecina Neto, superintendente do corporativo do Hospital Sírio Libanês.