via SindSaúde
Não é de hoje que os servidores das mais diversas unidades da Sesa reclamam de faltade pessoal, de ausência de médicos, de escalas formais que não conferem com a realidade, da má administração geral dos equipamentos e do descaso com as condições de trabalho e qualidade da assistência prestada. E no Hospital Regional do Litoral - HRL -, a coisa não é diferente.
Os profissionais do HRL estão de cabelo em pé porque temem que haja procedimentos investigatórios por falta de atendimento correto ou por negligência.
E pode sobrar para a equipe de servidores as consequências das omissões que competem à gestão. Ainda mais agora que a população do Litoral aumenta muito por conta da temporada de verão. São situações que ferem as normas legais e de ética, determinados pelos Conselhos de Classe.
Ocorre que, apesar dos avisos de vários servidores, dos registros nos livros internos do hospital, nenhuma providência real, que gere mudança, foi adotada.
Por essas e outras, o SindSaúde enviou documento à Sesa informando a situação crítica do HRL e pedindo que o secretário Caputo adote as providências cabíveis.
O que fazer? - No domingo, 14/12, a situação no HRL era absurda. Sem médicos, a equipe da enfermagem foi pressionada por todos os lados. Na iminência de que plantões conturbados voltem a ocorrer, orientamos os servidores a seguirem os seguintes procedimentos:
I- Informem as inconformidades às chefias. Se necessário, avisem por telefone e peçam a presença dos mesmos na unidade.
II- Registre a hora da ligação feita e descreva o que foi dito à direção.
III- Anote se a chefia compareceu à unidade para assumir os problemas e buscar solucioná-los. Não assuma responsabilidades que não são de sua competência profissional.
VI- Em último caso, havendo risco aos pacientes, oriente-os a fazer denúncia no Ministério Público ou a registrar a ocorrência em delegacia.
Operação Verão - É nesse clima que começa a operação verão no HRL: cheio de incertezas e sendo notícia na imprensa.
Infraestrutura - Equipamentos sem manutenção, reforma e ampliação de alguns setores parados ou em obras com indícios de falta de segurança, serviço de atendimento intensivo improvisado no PS sem condição técnica de funcionar. Enfim, a precariedade está espalhada nos quatro cantos do HRL.
E não são poucos os pedidos de providências que o sindicato tem encaminhado à gestão e ao Ministério Público.
Agosto de 2014
Além disso, desde sua inauguração, em 2007, o HRL já foi cenário de vários absurdos que geraram muitos boletins de ocorrência na delegacia local. Problemas que, ao nosso ver, nunca foram superados e enfrentados de forma satisfatória pela direção do hospital e pela Sesa.
Jogo de empurra - Ninguém nega que no Litoral do Paraná a saúde pública tem deficiências graves na atenção básica. Por conta disso, a demanda do hospital só aumenta. Mas esse jogo de empurra não justifica o fato de o Hospital não possuir um plano integrado entre Prefeitura e Estado para implementar ações que superem o quadro de debilidade do atendimento à saúde de forma integral e com qualidade.
Leia aqui o Raio-X especial sobre os problemas do HRL feito em setembro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário