por Caroline Rocha no Facebook
Quando assumimos a gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (que passou a se chamar SUS Curitiba), no inicio de 2013, tínhamos uma fila de espera para consulta e pré-natal de cerca de seis meses para gestante de alto risco (mesmo com o programa Mãe Curitibana).
- A maternidade municipal estava passando por uma das mais importantes crises, com a possibilidade de fechamento em poucos dias.
- A rede de atenção materno-infantil estava totalmente desarticulada. Cada equipamento e serviço trabalhava de uma forma. Baixa articulação nas linhas de cuidado.
- A área "saúde da mulher" na SMS era apenas mais uma caixinha, nas infinidades de caixinhas" programáticas que tínhamos.
- Com a agenda fechada para as programáticas, mesmo gestantes tinham dificuldades de acesso nas Unidades de Saúde.
* Estes foram alguns dos problemas que tivemos que enfrentar logo no inicio.
Ao mesmo tempo que rediscutimos todo o programa Mãe Curitibana, abrimos a agenda da Unidade de Saúde/ Atenção Especializada Mãe Curitibana para toda a população (não somente gestante), assumimos por meio da FEAES, em poucos dias a Maternidade Bairro Novo.
Com isso, foi possível ampliar a discussão da rede de atenção materno-infantil em Curitiba, chamar as maternidades e os hospitais para discutir a política municipal de saúde e estabelecer uma câmara técnica permanente, com o objetivo de pensar e repensar fluxos e protocolos, regulação, referencia e contrarreferencia.
Temas como, parto humanizado, segurança do paciente, retaguarda hospitalar as maternidades, transporte sanitário, articulação com a atenção básica, territorialização, matriciamento, gestão de caso, clinica ampliada, medicalização do parto, entraram na pauta de discussão dos serviços e equipamentos próprios e contratualizados. Conseguimos ainda qualificar o diálogo da atenção básica com as maternidades, territorializando-as (maternidade de referencia para cada distrito sanitário). Além de ampliar a Carteira de Serviços da Atenção Básica.
E neste contexto todo, destaco o importante papel que os Distritos Sanitários tiveram, em parceria com os departamentos da SMS - No CIC, por exemplo, conseguimos reduzir consideravelmente a mortalidade materna-infantil colocando ginecologistas, obstetras e pediatras nos NASFs para avaliar as filas reprimidas (de espera), realizar segunda avaliação mais próximo das Unidades de Saúde, gerenciar as filas do DS para as maternidades, acompanhar a contrarreferencia para atenção básica (coordenar o cuidado), e principalmente, fazer matriciamento (clinico) para as unidades de saúde.
E ai estão os primeiros resultados de todo o trabalho realizado por esta equipe fantástica. O SUS Curitiba só está dando certo porque tem um grupo muito comprometido com o SUS, e principalmente, com a população.
Ah! e a Maternidade Bairro Novo? Pois bem, é um exemplo de como funciona o parto humanizado. Lá tudo é feito com carinho e atenção, desde a chegada da gestante, até a alta da mamãe com o bebê. São ações de acolhimento e humanização para proporcionar qualidade no atendimento às mulheres da região Sul da cidade que têm seus bebês pelo SUS.
Parabéns a todos!!
E que venham novos resultados.
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