via Rudá Ricci no FB
São Paulo, 22 de janeiro de 2015
As organizações sociais e políticas que assinam esta declaração entendem que é urgente e necessária a construção de uma frente que coloque em pauta o tema das Reformas Populares no Brasil.
Esta frente terá o objetivo de concretizar uma ampla unidade para construir mobilizações que façam avançar a conquista de direitos sociais e bandeiras históricas da classe trabalhadora. Buscará também fazer a disputa de consciência e opinião na sociedade. Por sua própria natureza será uma frente com independência total em relação aos governos.
Neste momento, a proposta de ação da frente se organizará em torno de 4 grandes eixos:
1) Luta pelas Reformas Populares;
2) Enfrentamento das pautas da direita na sociedade, no Congresso, no Judiciário e nos Governos;
3) Contra os ataques aos direitos trabalhistas, previdenciários e investimentos sociais;
4) Contra a repressão às lutas sociais e o genocídio da juventude negra e pobre e periférica.
Num cenário de demissões, tentativas de redução salarial e cortes de direitos é preciso colocar em pauta o enfrentamento da política de ajuste fiscal do Governo Federal, dos Governos Estaduais e Prefeituras. Defendemos a imediata revogação das MPs 664 e 665/14, que representam ataques ao seguro-desemprego e pensões.
Chamamos também para a necessidade de enfrentar o aumento de tarifas de serviços e concessões públicas, como o transporte urbano, a energia elétrica e a água. Não aceitaremos que os trabalhadores paguem pela crise.
Neste sentido, a Frente adotará os seguintes encaminhamentos:
- Construir conjuntamente o dia de lutas de 28/1 chamado pelas centrais sindicais;
- Apoiar e construir lutas em relação ao ajuste fiscal e ataque a direitos sociais, o aumento das tarifas do transporte, a falta d'água, a criminalização das lutas sociais e o genocídio da juventude nas periferias;
- Realizar mobilizações em torno do mote "Devolve Gilmar" visando imediato julgamento pelo STF da Ação da OAB contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais;
- Apoiar as Jornadas pela Reforma Urbana e pela Reforma Agrária, em março;
- Organizar um Dia Nacional de Lutas unificado, com indicativo entre março e maio.
- Realizar um Seminário Nacional para avançar na plataforma e construção da Frente, com indicativo para 7/3.
Assinam:
- Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Central Única dos Trabalhadores (CUT)
- Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
- Central de Movimentos Populares (CMP)
- União Nacional dos Estudantes (UNE)
- Coletivo Juntos
- Coletivo Rua
- Fora do Eixo
- Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
- União da Juventude Socialista (UJS)
- Uneafro
- Unegro
- União Brasileira de Mulheres (UBM)
- Igreja Povo de Deus em Movimento
- Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras)
- Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
- Serviço Inter-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia
- Movimento Nós da Sul
- Movimento Popular por Moradia (MPM)
- Coletivo Arrua
- Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)
- Rede Ecumênica da Juventude (REJU)
- Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC)
- Fórum Ecumênico ACT Aliança Brasil (FEACT)
- Articulação Igrejas e Movimentos Populares
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