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domingo, 18 de janeiro de 2015

É publicado o primeiro livro escrito por um preso na base ilegal de Guantánamo

no Cuba Debate


Embora censurado, foi colocado à venda pela primeira vez um livro escrito por um detento da base naval ilegal na Baía de Guantánamo, o que revela pela primeira vez o testemunho de uma pessoa sobre a tortura que sofreu.

O autor do livro é Mohamedou Ould Slahi, atualmente na prisão e nativo da Mauritânia, com 13 anos de prisão e sendo torturado pelos EUA, que o mantém prisioneiro embora sua culpa nunca tenha sido comprovada, sendo que um tribunal ordenou sua libertação em 2012.

Entre as torturas sofridas pelo autor do livro se incluem privação do sono, ameaças de morte, humilhação sexual e ameaças à sua mãe.

Além disso, ele foi submetido a torturas, com a aprovação pelo então secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, sendo forçado a beber água salgada, e depois levado para o mar, onde ele foi espancado por três horas preso no gelo.

A tortura levou-o a ter alucinações, algo que seus carcereiros ridicularizaram. Em resultado, 'eu tive que difamar sobre eu mesmo para que me deixassem em paz', ele argumenta.

O livro de Slahi foi submetido a 2500 correções, supostamente para proteger as informações tidas como confidenciais, embora o objetivo parece ser o de evitar que os leitores saibam sobre toda a sua história, diz o jornal britânico 'The Guardian'.

Slahi viajou ao Afeganistão duas vezes no início dos anos 90 para lutar contra o regime e se juntar às fileiras da Al Qaeda. No entanto, como ele mesmo declara, desde 1992, não tem qualquer ligação com a organização terrorista.

No entanto, após o 11-Setembro, foi preso por suposto envolvimento em um ataque terrorista no Canadá, em 1999. Desde então, nunca se conseguiu provar a sua culpa, e uma decisão judicial determinou em 2012 sua libertação, algo que não impediu que o mantivessem preso até agora. De acordo com uma fonte de 'The Guardian', é pouco provável que Slahi seja libertado este ano.


(Com informações da Russia Today)

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