Insuportável
via SindSaude
A rotina dos trabalhadores do HZN e HZS, em Londrina, tem se tornado cada dia mais dramática. Além dos problemas tradicionais como a falta de funcionários e de medicamentos, a greve de médicos terceirizados - sem receber salário desde novembro - e o forte calor por conta de equipamentos quebrados criam um clima caótico nos hospitais.
Greve - Já são quatro dias que as unidades da Sesa de Londrina estão com oatendimento à população comprometido. De responsabilidade do consórcio Cismepar, os médicos terceirizados reclamam que jamais receberam o salário em dia. Se no HZS houve um rodízio de profissionais, no HZN os médicos chegaram a suspender o atendimento à população, passando a receber só casos de urgência. Além do problema financeiro, as dificuldades estruturais são denunciadas pelos manifestantes. Confira aqui o desabafo de um desses médicos em uma reportagem de TV.
59 graus - Essa é a temperatura que os servidores do setor de nutrição do HZN têm que enfrentar. Isso porque a coifa - equipamento que serve para ventilar o local - está quebrada desde o ano passado. Mesmo conhecendo o problema, a Direção se limitou a dizer que está correndo atrás da solução. Sequer as servidoras grávidas foram poupadas das altas temperaturas.
Impossível - Sem nenhuma resposta positiva da Direção e por uma questão de respeito à própria saúde, os trabalhadores da cozinha não estão trabalhando no horário de sol mais forte, justamente o horário de almoço. O resultado disso é que nesta segunda-feira, 19 de janeiro, o almoço dos trabalhadores que trabalham 12 horas no HZN ficou restrito a pão com ovo.
Geral - O calor excessivo não é exclusividade da cozinha no HZN. Em ambos hospitais, são vários setores onde o ar condicionado não funciona. Segundo as direções, não há dinheiro para consertar os equipamentos. Em contrapartida, nas salas das chefias, o ar vive gelado.
Falta-falta - Questionada sobre a falta de medicamentos, a Sesa tentou minimizar a situação alegando apenas existirem problemas pontuais. Não é o que se vê nas farmácias dos HZN e HZS. No Zona Norte, por exemplo, existem antibióticos básicos que estão em falta há muito tempo.Com estoque baixo, a tendência é que a falta de medicamentos se agrave nos próximos meses. E olha que há muito tempo os trabalhadores tem denunciado essa situação.
Leia aqui a publicação do sindicato de setembro de 2014 onde boa parte desses problemas foram relatados.
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