Decisão de dezembro que nomeou interventor para a entidade proibia a dispensa sem justa causa de qualquer empregado e obrigava o Evangélico a apresentar plano de gestão para sanar os problemas financeiros
na Gazeta do Povo
O desembargador Arion Mazurkevic, do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), concedeu nesta quinta-feira (29) um mandado de segurança que determina a reabertura dos sete cursos fechados pela Faculdade Evangélica do Paraná em dezembro do ano passado e a recontratação dos 256 funcionários demitidos na época, entre professores e servidores administrativos.
Com a decisão, os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Nutrição, Psicologia,Tecnologia em Gestão Ambiental e Teologia voltam a existir e os alunos que haviam sido transferidos para “instituições parceiras” podem retornar para a faculdade se assim desejarem.
A Faculdade Evangélica e o Hospital Evangélico passam por problemas financeiros e um interventor foi nomeado pela Justiça no dia 17 de dezembro. Procurado pela reportagem, a assessoria de imprensa da entidade disse que a instituição só vai se pronunciar quando forem notificados da determinação, o que não aconteceu até as 17 horas desta quinta.
Plano de gestão
No entendimento do desembargador do TRT-PR, a decisão que havia determinado o fechamento dos cursos e a dispensa dos empregados não respeitou determinação judicial anterior. Junto com a nomeação do interventor da entidade em dezembro do ano passado, a Justiça também havia proibido a dispensa sem justa causa de qualquer empregado do hospital ou da faculdade, sem a prévia autorização do juízo.
Além disso, também constava na decisão de primeira instância que o interventor deveria apresentar à Justiça, no prazo de 30 dias, um plano de gestão para o saneamento administrativo e financeiro da entidade, para, só depois, tomar decisões para a melhoria da instituição.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes), Valdyr Perrini, o correto seria todos se sentarem à mesa para trocar sugestões sobre como compartilhar os sacrifícios, recorrendo até a outras alternativas, como redução dos salários. “Mas não. Os alunos foram tratados como gado e não houve acordo coletivo para as demissões dos professores e outros funcionários”, critica Perrini.
* Título da matéria modificado pelo blog do Mario
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