O médico pediatra e servidor público Doutor Rosinha, 64, assume na tarde desta quarta-feira (25) o cargo de alto representante-geral do Mercosul. A nomeação está marcada para as 13 horas, no Edifício do Mercosul, em Montevidéu, Uruguai. A solenidade terá a presença dos embaixadores de todos os países do bloco junto à Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) e ao Mercosul.
Ex-deputado federal pelo PT do Paraná (1999-2015) e ex-presidente do Parlamento do Mercosul (2008-2009), Doutor Rosinha foi indicado inicialmente pelo governo brasileiro e teve seu nome aprovado por unanimidade por todos os demais países membros do bloco sul-americano (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela).
Criada em 2010, a função de alto representante-geral do Mercosul foi exercida até junho de 2012 pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores. Na sequência, o também brasileiro Ivan Ramalho, economista e atual secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, assumiu o cargo.
“O alto representante-geral será uma personalidade política destacada, nacional de um dos Estados Partes, com reconhecida experiência em temas de integração”, diz a decisão de número 63 do Conselho do Mercado Comum.
Entre as atribuições do cargo estão representar o Mercosul em reuniões com outros blocos e organismos internacionais, coordenar missões de observação eleitoral, apresentar propostas vinculadas ao processo de integração e liderar os trabalhos relativos ao plano de ação do Estatuto da Cidadania do Mercosul.
De acordo com Doutor Rosinha, sua perspectiva de trabalho é de continuidade em relação a seu antecessor. “Sempre que se assume um cargo, assume-se um desafio. O Ivan Ramalho estava desenvolvendo um programa de trabalho buscando a integração de cadeias produtivas. Continuarei com este programa, que constitui um grande avanço na construção do Mercosul.”
Rosinha diz também que vai prosseguir em busca da consolidação de uma identidade para o Mercosul. “Sempre busquei a criação desta identidade, e para isto dou dois exemplos: a defesa que faço pela eleição direta para o Parlamento do Mercosul, que dará uma identidade política para o bloco, e a lei que obriga o hasteamento da bandeira do Mercosul nos órgão públicos brasileiros, infelizmente ainda desconhecida ou desrespeitada.”
Ainda segundo Doutor Rosinha, outra prioridade será identificar os problemas de fronteira e superá-los: “A integração começa pela construção da cidadania nas fronteiras”.
Em artigo recente sobre o bloco, publicado no último mês de dezembro, Rosinha fez duras críticas aos opositores do Mercosul.
“Nossas exportações para o bloco são, em mais de 90%, de produtos industrializados. Em contraste, nas exportações brasileiras para União Europeia, China e EUA, os percentuais de manufaturados são de 36%, 5% e 50%, respectivamente”, anota Doutor Rosinha. “Portanto, o Mercosul compensa, em parte, a nossa balança comercial negativa da indústria. Esse fato torna de difícil entendimento a oposição ao Mercosul por parte de políticos de estados industrializados, como Minas e São Paulo.”
Com o recente ingresso da Venezuela, oficializado em 2012, o Mercosul passou a reunir 70% da população da América do Sul, 72% de seu território e 83% de seu Produto Interno Bruto.
Ex-deputado federal pelo PT do Paraná (1999-2015) e ex-presidente do Parlamento do Mercosul (2008-2009), Doutor Rosinha foi indicado inicialmente pelo governo brasileiro e teve seu nome aprovado por unanimidade por todos os demais países membros do bloco sul-americano (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela).
Criada em 2010, a função de alto representante-geral do Mercosul foi exercida até junho de 2012 pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores. Na sequência, o também brasileiro Ivan Ramalho, economista e atual secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, assumiu o cargo.
“O alto representante-geral será uma personalidade política destacada, nacional de um dos Estados Partes, com reconhecida experiência em temas de integração”, diz a decisão de número 63 do Conselho do Mercado Comum.
Entre as atribuições do cargo estão representar o Mercosul em reuniões com outros blocos e organismos internacionais, coordenar missões de observação eleitoral, apresentar propostas vinculadas ao processo de integração e liderar os trabalhos relativos ao plano de ação do Estatuto da Cidadania do Mercosul.
De acordo com Doutor Rosinha, sua perspectiva de trabalho é de continuidade em relação a seu antecessor. “Sempre que se assume um cargo, assume-se um desafio. O Ivan Ramalho estava desenvolvendo um programa de trabalho buscando a integração de cadeias produtivas. Continuarei com este programa, que constitui um grande avanço na construção do Mercosul.”
Rosinha diz também que vai prosseguir em busca da consolidação de uma identidade para o Mercosul. “Sempre busquei a criação desta identidade, e para isto dou dois exemplos: a defesa que faço pela eleição direta para o Parlamento do Mercosul, que dará uma identidade política para o bloco, e a lei que obriga o hasteamento da bandeira do Mercosul nos órgão públicos brasileiros, infelizmente ainda desconhecida ou desrespeitada.”
Ainda segundo Doutor Rosinha, outra prioridade será identificar os problemas de fronteira e superá-los: “A integração começa pela construção da cidadania nas fronteiras”.
Em artigo recente sobre o bloco, publicado no último mês de dezembro, Rosinha fez duras críticas aos opositores do Mercosul.
“Nossas exportações para o bloco são, em mais de 90%, de produtos industrializados. Em contraste, nas exportações brasileiras para União Europeia, China e EUA, os percentuais de manufaturados são de 36%, 5% e 50%, respectivamente”, anota Doutor Rosinha. “Portanto, o Mercosul compensa, em parte, a nossa balança comercial negativa da indústria. Esse fato torna de difícil entendimento a oposição ao Mercosul por parte de políticos de estados industrializados, como Minas e São Paulo.”
Com o recente ingresso da Venezuela, oficializado em 2012, o Mercosul passou a reunir 70% da população da América do Sul, 72% de seu território e 83% de seu Produto Interno Bruto.
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