O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) criticou as diretrizes do programa Criança Feliz, lançado nesta quarta-feira (5) pelo presidente Michel Temer, que tem como escopo a criação de uma nova atividade profissional, o “visitador”, para realizar visitas nas residências em que há crianças com idade de 0 a 3 anos.
“É um agente comunitário de saúde paralelo. O governo é tão contra os agentes, que está criando um paralelo, chamando de visitador, pagando uma bolsa. Não confiam nos agentes comunitários, vetaram o dinheiro para a capacitação dos agentes comunitários de saúde e agora vão capacitar outra pessoa, outro cidadão, para fazer o papel de agente comunitário de saúde paralelo”, disse Solla, em pronunciamento no plenário da Câmara.
Na segunda-feira, o governo federal vetou três artigos da LEI 13.342/2016, que tratava de benefícios aos agentes de saúde. Entre os benefícios aprovados no Congresso que foram vetados, estavam a destinação de recursos para qualificação profissional dos agentes, o pagamento de insalubridade nos casos devidos, e o artigo que colocava os agentes entre os beneficiários prioritários no programa Minha Casa, Minha Vida.
É um absurdo jogar os agentes comunitários de saúde de lado depois do que eles fizeram neste país, melhorando a qualidade de vida das nossas crianças. Nós temos em cada comunidade um agente comunitário de saúde para acompanhar as crianças de 0 a 3 anos. Não tem cabimento vetar a melhoria dessa categoria, pegar os recursos para criar outra atividade profissional bolsista, não concursado, para que? Para que seja pinçado um agente político para defender o governo golpista em cada comunidade? Só se for. Nós temos agentes comunitários preparados, capacitados, que já acompanham as famílias e as crianças. É um absurdo esse programa, serão cabos eleitorais do golpe”, completou.
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