Saúde paga mais imposto que banco
Se você fosse prefeito, de quem você cobraria impostos maiores? Dos bancos que fazem operações de leasing, das operadoras de call center? Ou de hospitais, clínicas e planos de saúde? Certamente, você optaria em tributar mais os primeiros e menos os segundos, simplesmente porque é evidente o interesse social que envolve tudo quanto diz respeito a melhorar o acesso da população aos serviços de saúde.
Em Curitiba, no entanto, não é bem assim. Os bancos são tributados em 2% de ISS sobre operações de leasing, mas os serviços de saúde vão pagar 4%, segundo o projeto de lei enviado pelo prefeito Rafael Greca e aprovado esta manhã pela Câmara Municipal.
Uma emenda do vereador Felipe Braga Cortes pretendeu reduzir o ISS dos planos de saúde para 2,4%, um índice considerado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) como o máximo suportável e menos suscetível à transferência do custo tributário para os usuários.
Apesar da presença no plenário de representantes de cooperativas médicas e de outros serviços de saúde, 30 vereadores preferiram votar a favor da alíquota maior pedida por Greca. Apenas 10 entenderam que o imposto para estes serviços vitais deveria ser menor.
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