O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse na semana passada para a rádio CBN que não cumpriu a promessa de informatizar o sistema do SUS porque faltaram empresas interessadas. Foi mais uma bravata do ministro.
Uma reportagem do Correio Braziliense, de 24 de Janeiro mostrou que o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu cautelarmente dois contratos do Ministério da Saúde por desconfiar de superfaturamento na prestação de serviços de tecnologia para o SUS. Juntas, as licitações somavam R$ 98,4 milhões. Mas, segundo apontou o TCU, cerca de R$ 51 milhões, mais da metade do valor das transações, são fruto de sobrepreço. As irregularidades também indicam possível direcionamento de contratação.
As duas empresas envolvidas, a Extreme Digital Consultoria e Rrepresentações Ltda. e a Core Consultoria e Serviços venceram uma licitação, mas acabou cancelada. Dois novos pregões foram feitos para os mesmos serviços, mas o preço subiu de R$ 83 milhões para os R$ 98 milhões. O TCU afirma que há possibilidade de direcionamento porque as mesmas empresas, a Extreme Digital e a Core Consultoria, ganharam todos os contratos.
Enquanto isso a promessa do ministro Ricardo Barros de informatizar o SUS ficou só promessa. Apenas 40% do sistema é interligado atualmente.
O Correio Braziliense contou toda a história mas, estranhamente, o assunto ficou restrito a Brasília.
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