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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Moratória na Medicina: "É ouro em pó" - O andar de cima prevalece


MORATÓRIA NA MEDICINA

via Outra Saúde (por email)

A criação de cursos de medicina no país será suspensa por cinco anos. O anúncio será feito hoje pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. A medida atende a reivindicações de entidades de classe insatisfeitas com o aumento do número de vagas depois da lei do Mais Médicos. Argumentam que lhes falta qualidade. Além da suspensão, o MEC deve criar uma comissão externa para analisar os cursos em funcionamento.

Já o mercado entendeu o anúncio como uma disputa. Valor noticia que quatro grupos educacionais de capital aberto – Anima, Estácio, Kroton e Ser Educacional – estão apostando suas fichas em um edital já publicado pelo MEC que cria 1,4 mil vagas de medicina nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “É ouro em pó”, disse um executivo à repórter Beth Koike. 

O setor privado também rebate a lógica da medida, argumentando que com a moratória, se proíbe a abertura de vagas inclusive em instituições de reconhecida qualidade. Dizem que o governo deveria fechar as de má qualidade. Questionado pelo Valor, o MEC não explicou por que optou pela suspensão total. Hoje, o país tem 136 mil estudantes matriculados em cursos de medicina, sendo que 85 mil deles estão na rede privada de ensino, que cobra em média R$ 6,6 mil por mês. 

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