A prefeitura de Curitiba promete entregar no fim de julho a UPA da CIC, após 21 meses fechada. Reformada a partir de novembro de 2016 pelo antecessor, o prefeito Rafael Greca alegou que não podia colocá-la em funcionamento por falta de servidores e que a solução só seria possível com a contração de uma empresa terceirizada – no caso uma dessas Organizações Sociais (OS) que aparentam ser organizações sociais, “sem fins lucrativos” para esconder atividades tipicamente empresariais.
No caso da UPA/CIC a contratada é a OS Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS), novo nome que a entidade adotou depois de ter se chamado até 2015 de Instituto de Ciências da Vida (ICV).
É a mesma empresa que deixou rastros por onde passou como terceirizada por prefeituras do interior de São Paulo. São inúmeros os inquéritos abertos pelo Ministério Público paulista. Há o caso, por exemplo, do município de São José dos Campos, onde o ICV “quarteirizava” serviços de administração de uma UPA local, contrariando os termos do contrato com a prefeitura.
Em Nova Odessa, também no interior de São Paulo, a prefeitura rompeu com o ICV por problemas na prestação de contas e por reclamações da população contra o atendimento que prestava.
Em Franca, o problema foi outro: o ICV foi pivô de uma Comissão Especial de Inquérito sob acusação de contratar falsos médicos e isto quase custou também o cargo do prefeito de então. A entidade foi multada e condenada a ressarcir os cofres públicos.
Já com o nome de INCS, a “OS” perdeu o contrato com a prefeitura de Várzea Paulista em razão de alegada falta de qualidade no atendimento oferecido e queixas de médicos sobre as condições de trabalho.
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