Formação médica no Brasil, defesa do SUS e as eleições serão debatidos no encontro, de 29 de junho a 1º de julho
Por Cecília Figueiredo, do Saúde Popular
A Rede de Médicos e Médicas Populares (RNMMP) realiza, entre os dias 29 de junho e 1º de julho, sua 4ª Plenária Nacional, em Fortaleza (CE), no Centro de Formação Frei Humberto. “A defesa da Democracia e do SUS em tempos de golpe” é o tema que norteará os debates e palestras.
A plenária reunirá profissionais de vários estados do Brasil, com o objetivo de avaliar a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a ação dos profissionais médicos no contexto do processo político que o país atravessa. É o que explica Leandro Araújo da Costa, médico da RNMMP e preceptor de Medicina de Família e Comunidade (MFC) em Fortaleza.
“Nesse momento de desmonte do SUS, de [necessidade em] fazer a sua defesa, é que vamos fazer um debate da conjuntura política que estamos enfrentando, onde a saúde pública está sendo colocada em xeque pelo atual governo”, explica.
Como contribuição ao debate, foram convidados representantes de movimentos sociais e da saúde pública. João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e a sanitarista Lívia Milena Mello, do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes), abrem a manhã do primeiro dia com a análise das conjunturas nacional e internacional, e os impactos na saúde.
Ainda na sexta-feira (29), no período da tarde, médicos de vários estados farão relatos de suas experiências durante mesa que aborda a formação dos profissionais de saúde no Brasil. “E com isso, que [tipo de] médico queremos para o nosso povo. Qual o médico popular que a gente acredita que deve ser [necessário], que a gente deve formar no nosso País”, acrescenta Araújo.
Haverá também um ato político na noite de 29 de junho, reunindo autoridades, apoiadores e parceiros da Rede.
A expectativa é reunir durante os três dias do encontro profissionais, estudantes e representantes dos movimentos sociais. “A gente espera [reunir] em torno de 50 pessoas de todo país”, disse Costa.
A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, que foi motivada pela criação do Programa Mais Médicos, em 2014, e a chegada de brasileiros recém-formados em Cuba e outros países latino-americanos, também debaterá no sábado as experiências de organizações de médicos populares na América Latina e o processo eleitoral desse ano.
”A gente vai ter um momento de nossas estratégias e táticas de luta e dentro disso a [discussão] político-eleitoral. Onde faremos o debate político e apontando dentro do campo [popular] quem está do lado do povo”, destaca.
Inscrições podem ser feitas pelo link
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