da Folha de S.Paulo
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina do ABC com 481 estudantes de medicina indica que 38% deles têm sintomas de depressão. Foram distribuídos questionários usados para avaliar a doença.
A fase mais crítica, de acordo com a pesquisa, são os dois últimos anos, que coincidem com o início da prática médica mais intensa e o internato. As chances de perder peso, libido e horas de sono são maiores nesse período.
"Há mais contato com o doente, no ambulatório e no hospital, e o aluno pode viver extremos: sofrer demais ou ser muito frio, e ambos são ruins e podem contribuir para um quadro depressivo", diz o líder da pesquisa, Sérgio Baldassin, psiquiatra e coordenador do Sepa (Serviço de Orientação Psicológica ao Aluno) da Faculdade de Medicina do ABC.
Pressão
No final do curso, também há uma grande expectativa de competição para a residência, segundo Baldassin, outra fase de alta pressão.
Um relatório elaborado pela ONG americana Institute of Medicine pede a redução da carga horária dos médicos residentes nos EUA para diminuir os riscos de erros provocados pelo cansaço.
De acordo com o levantamento, esses profissionais trabalham cerca de 80 horas semanais, em turnos de 30 horas, com privação de sono. A proposta da entidade seria estipular um turno de, no máximo, 16 horas e incluir um prazo de descanso obrigatório a cada cinco horas trabalhadas
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