Segundo a coordenadora do setor de educação do MST, Isabela Braga, a comunidade escolar sequer foi consultada sobre o que era melhor para as 130 crianças que lá estudavam. Mesmo com as verbas cortadas, Braga afirmou que, a princípio, o trabalho não deve parar.
“Nós estamos e vamos continuar com nossas escolas. É uma história de treze anos, que foi aprovada e regimentada pelo conselho de educação do estado, e da noite para o dia eles decidiram terminar com uma história construída. Não queremos prejudicar a vida escolar da criança. Se elas tiverem que sair do acampamento para ir para escolas da cidade, também vão ser prejudicadas por argumentos que não se justificam.”
Segundo Braga, esta ação está sendo feita sem conhecimento da realidade. Ela contou que os promotores alegaram, em Sarandi, que a escola seria fechada por não ensinar coisas como “hiato, ditongo, tritongo”. Mas, uma das educadoras ofereceu o seu caderno de planejamento para análise e eles recusaram, afirmando que vieram somente para notificar o fechamento.
A ação do MPE e do governo gaúcho pretende acabar com todas as escolas itinerantes no estado. O MST alega que o Rio Grande do Sul foi o primeiro estado do Brasil a reconhecer e regulamentar estas escolas, modelo que depois foi adotado por diversos estados.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
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