Com o novo método, 81% das imagens das mãos de bebês saíram com qualidade, contra apenas 34% das impressões dos pés
Modernização pode colaborar para evitar troca de bebês e adoção ilegal
O método desenvolvido ficou em primeiro lugar na categoria doutorado do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2008, do Ministério da Saúde. No estudo, que está sendo feito dentro da área de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Ministério, foram coletadas as impressões de 106 bebês nascidos em maternidades de Curitiba. Em vez da tradicional técnica de tinta e papel, o pesquisador utilizou um sensor ótico de alta definição, formado por uma câmera fotográfica digital e uma lente supermacro acoplada por uma estrutura de acrílico a um prisma de vidro óptico.
Daniel Weingertner
Ampliar imagemDurante a pesquisa foram coletadas as impressões das mãos de 106 crianças
Com o total de 848 impressões da palma das mãos e da planta dos pés, Weingaertner verificou que 81% das imagens das impressões das mãos apresentaram qualidade, contra apenas 34% das impressões dos pés. As imagens obtidas da palma das mãos permitiram uma visualização ainda mais nítida e mais detalhada da impressão digital, única e inequívoca de cada indivíduo.
De acordo com a doutora em pediatria e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente do Departamento de Pediatria da UFPR, Mônica Nunes Lima Cat, a pesquisa representa um importante passo no desenvolvimento de um sistema automatizado e digital de identificação. “As conclusões marcam a perspectiva do desenvolvimento de um sistema de identificação de recém-nascidos, para garantir sua segurança desde o seu nascimento e circulação dentro das maternidades até as fronteiras do país”, afirma.
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