Parece que tudo favorece o Palmeiras nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Há duas rodadas, São Paulo e Internacional não ganham seus jogos e permitiram-lhe uma vantagem que pode ser difícil de superar.
A esta altura, mais que um bom time, é preciso ter um elenco forte, com muitas peças de reposição. O Palmeiras tem. O São Paulo e o Inter, também. Os outros, nem tanto.
É esta a maior diferença entre esse trio favorito e outros candidatos como Goiás (hoje vice-lider) e Atlético Mineiro, sempre rondando o G4.
Foi exatamente isto que faltou ao Corinthians quando desmontou sua equipe para "fazer caixa". Agora, correndo contra o tempo, depende muito da inspiração de Ronaldo.
Grêmio, Flamengo, Santos e Cruzeiro, outros que poderiam entrar na briga, têm pouca lenha pra queimar. Desses, talvez só o Grêmio tenha um elenco capaz de ficar entre os quatro primeiros.
A surpresa este ano é ver o Campeonato Brasileiro sem Wanderley Luxemburgo disputatando as primeiras posições. O técnico mais polêmico do País parece caminhar em outra direção. É possível que esteja perdendo o foco para o futebol.
Quando assumiu o Santos - após ser demitido pelo Palmeiras - seu time estava em 13o. lugar. Hoje, 14 rodadas depois, o máximo que conseguiu foi avançar uma posição na classificação. Muito pouco para quem ganha R$ 500 mil por mês.
Ao que parece, o novo objetivo de Luxemburgo é o Senado Federal e ele pode concorrer pelo Tocantins. Já está filiado ao Partido dos Trabalhadores com esse objetivo.
Por que o PT? Talvez por influência do seu auxiliar de preparação física, Luiz Cláudio Lula da Silva, que é filho caçula do presidente Lula.
O técnico recebeu recentemente o título de cidadão palmense. Em breve será cidadão tocantinense. E diz ter pesquisa que o coloca em segundo lugar nas intenções de voto.
Seu maior cabo eleitoral é o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). Luxemburgo deve sair em dobradinha com Leomar Quintanilha (PR), que tentará a reeleição ao Senado.
Quintanilha é presidente da Federação Tocantinense de Futebol (FTF) e sócio do técnico no Instituto Wanderley Luxemburgo (IWL) no Tocantins.
O mesmo IWL que montou uma escolinha de futebol em Brasília que prou de funcionar por falta de alunos.
Quem se sentiu prejudicado, busca ressarcimento do dinheiro que foi pago na matrícula.
Nunca é demais lembrar que Vanderlei Luxemburgo coleciona problemas fora de campo e até foi alvo de investigação da CPI do Futebol, por suposta intermediação na venda de jogadores.
Vai ver que foi naquela CPI do Senado que ele tomou gosto pela política.
Publicado no blog do Noblat
Marcondes Brito é jornalista
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