no blog do Campana
Poeta, escritor, jornalista, morreu Walmor Marcellino. Mais de 60 anos dedicados às artes, ao debate, ao combate contra todo o ranço conservador que nos cerca. Fará falta o Marcellino e seu lirismo trágico, seu humor ácido e seu inconformismo.
Começou sua trajetória em Florianópolis, nos anos 50, como dramaturgo. Depois, morou em Porto Alegre, onde ligou-se ao grupo Quixote e iniciou suas experiências poéticas.
Desde os anos 60 viveu em Curitiba. Aqui militou contra o regime fardado, dele foi vítima, fez teatro, organizou grupos, dirigiu peças, publicou livros, assessorou a frente política do MDB contra a ditadura, candidatou-se ao Senado. E para sobreviver, trabalhava no jornalismo diário.
Parem lá. Marcellino não foi levado à poesia por força do jornalismo ou do ativismo político, mas sim levado por aquela ao jornalismo como meio de sobrevivência e ao ativismo como dever de consciência, escreveu certa vez Jamil Snege, na apresentação do livro Malvas, Fráguas e Maçanilhas, reunião de 73 poemas da obra do poeta Marcellino que hoje nos deixa.
Marcellino será velado a partir das 15 horas desta sexta feira (25) na capela 3 do cemitério Municipal de Curitiba, no bairro São Francisco, seu corpo será cremado às 9 horas do dia 26.
Nenhum comentário:
Postar um comentário