Páginas

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Justus e Curi devem ser afastados, defende Dr. Rosinha

Para deputado federal petista, manutenção de Nelson Justus (DEM) e Alexandre Curi (PMDB) na direção da Assembleia Legislativa do Paraná é "indefensável"



O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) defendeu nesta quinta-feira (15/4) o afastamento imediato dos deputados estaduais Nelson Justus (DEM) e Alexandre Curi (PMDB), respectivamente, dos cargos de presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná.

"Depois de tantas e graves denúncias, a manutenção de Justus e Curi na direção do poder Legislativo é algo indefensável", avalia Dr. Rosinha. "Como ambos não estão propensos a sair espontaneamente, e nem os deputados estaduais parecem querer fazê-lo, o Ministério Público e as autoridades do Judiciário deveriam promover esse afastamento imediato."

O deputado federal argumenta que a permanência de Justus e Curi no comando da Casa, além de impedir a isenção das investigações, é um fator a desmoralizar o conjunto dos deputados estaduais e a própria política, perante a opinião pública.

Há exatamente um mês, uma série de reportagens do jornal "Gazeta do Povo", em parceria com a RPCTV, começou a revelar provas de escândalo milionário de corrupção na Assembleia paranaense. Entre as irregularidades estão o uso de laranjas, contratação de funcionários fantasmas, publicação secreta de Diários Oficiais e desvios de recursos.

No último dia 19 de março, o deputado Dr. Rosinha protocolou requerimento em que solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito sobre as denúncias. Na semana seguinte, a PF anunciou sua entrada no caso.

"Até para pressionar os agentes e promotores que estão à frente das investigações, e também os juízes, é fundamental a realização de protestos como o feito por estudantes e trabalhadores nesta semana", avalia Dr. Rosinha. "No Distrito Federal, Arruda só foi parar na cadeia porque o povo de Brasília se mobilizou, foi às ruas, disse não à impunidade."


Repetição histórica

Dr. Rosinha também observa que, quando exerceu o mandato de deputado estadual, de 1991 a 1998, chegou a ser candidato de protesto a presidente da Assembleia Legislativa, contra a chapa do falecido Aníbal Khury (1924-1999). Na ocasião, Rosinha obteve apenas o voto dos cinco deputados do PT.

"A gestão de Justus, assim como a de seu antecessor, Hermas Brandão, é a continuidade, a repetição histórica de tudo o que sempre houve de ruim na Assembleia, em termos de falta de transparência", diz Dr. Rosinha. "A diferença é que, agora, há provas da corrupção."

Primeiro deputado estadual eleito pelo PT no Paraná, Pedro Tonelli protocolaria em 1987 o primeiro requerimento de informações sobre o número e a identificação dos funcionários da Casa. Formulado há 23 anos, o pedido jamais teve resposta. Pedidos similares de Dr. Rosinha também jamais foram respondidos.

Diretor-geral afastado, Abib Miguel, pivô do atual escândalo, que possui uma fazenda em Goiás no valor de R$ 50 milhões, era braço-direito de Aníbal Khury.

Nenhum comentário:

Postar um comentário