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sábado, 1 de maio de 2010

Consultas de pré-natal crescem 125% em seis anos


Em 2009, foram 19,4 milhões de atendimentos de gestantes pelo SUS. Acesso ao planejamento familiar também cresceu e chegou a todos os municípios brasileiros 

Em seis anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou de forma expressiva o acesso das brasileiras a atendimentos de saúde sexual e reprodutiva. O número de consultas de pré-natal atingiu 19,4 milhões em 2009 – aumento de 125% em relação a 2003, quando foram registradas 8,6 milhões. Já a cobertura de planejamento familiar atingiu todos os municípios brasileiros – alcançando 4,3 milhões de mulheres a mais no período de 2003 a 2008.

“Uma das causas está relacionada ao aumento do número de equipes de Saúde da Família que saiu de 19 mil em 2003 para 30,3 mil em 2009 e ao conseqüente aumento da população coberta que saiu de 35% para 50% no mesmo período. Uma das atribuições das equipes é realizar o exame pré-natal”, explica a diretora substituta do Departamento de atenção básica, Elisabeth Wartchow. 
O aumento da assistência pré-natal contribui com a melhoria nas condições da gestação, da própria mãe e do recém-nascido. 

A Organização Mundial de Saúde recomenda às gestantes a realização de, pelo menos, seis consultas de pré-natal. Esse acompanhamento médico permite identificar possíveis riscos à saúde da mulher – como diabetes e hipertensão arterial e repercussão de doenças no bebê. Segundo a mais atual Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS-2006), 74% das gestações feitas pelo SUS passaram por, no mínimo, seis consultas de pré-natal. “É um controle cujo resultado vai se refletir na maior qualidade do parto, da vida da mãe e da saúde da criança”, analisa o diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles. 

PLANEJAMENTO FAMILIAR – Em 2008, o acesso a métodos contraceptivos alcançou todos os municípios brasileiros – 5.563, totalizando mais de 34,5 milhões de usuárias do SUS de 10 a 49 anos. Cinco anos antes, a população-alvo era de 30,2 milhões de mulheres em 4.920 cidades. Esse avanço na cobertura foi possível porque o Ministério da Saúde triplicou o investimento em planejamento familiar em cinco anos. Foram aplicados R$ 35,1 milhões na compra de medicamentos e itens anticoncepcionais, em 2008, contra 10,2 milhões em 2003. 
Além de preservativos e pílulas, as mulheres continuam recorrendo aos postos de saúde em busca de outros métodos contraceptivos. Uma prova é que o número de atendimentos para fornecimento e implantação de DIU e de diafragma cresceu 33,6% entre 2003 a 2009. Passou de 142.932 para 191.034 nesse período. 

A expansão do planejamento familiar no SUS tem impacto direto na vida das brasileiras. Com esta ação, diminui-se a quantidade de gravidez indesejada no País. “A mulher tem o direito de escolher se quer ou não engravidar. A opção pelo uso do anticoncepcional garante a ela o total controle sobre seu corpo e sua saúde”. 
Como consequência do maior acesso a métodos contraceptivos, a quantidade de abortos em condições inseguras sofreu uma redução. De 2003 a 2009, caiu em 15% o número de procedimentos de curetagem feitos no SUS em mulheres sofrendo complicações decorrentes do abortamento – espontâneo ou provocado. No ano passado, foram 200,6 mil operações como essa na rede pública. Em 2003, foram registrados 236,4 procedimentos. 

NÚMERO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL REALIZADAS PELO SUS 
Unid.Federação     2003           2004    2005     2006        2007       2008       2009  2003 -2009
Rondônia33.50529.76827.31140.79956.21374.758118.341      253,20%
Acre13.99216.28422.90426.75530.33969.85064.054        357,79%
Amazonas108.612102.854127.095138.922165.254330.215513.692   372,96%
Roraima9.0259.95311.69712.08713.64343.640223.734  2379,05%
Pará265.633290.032368.734457.914590.3341.282.6591.138.326   328,53%
Amapá13.48013.64520.70720.47524.06677.37853.801   299,12%
Tocantins100.75788.05980.36684.00887.467363.900452.950     349,55%
Maranhão319.212321.981473.802537.170637.3821.806.7061.527.325   378,47%
Piauí116.86795.53496.613102.71990.225165.710234.341
    
100,52%
Ceará245.960237.448253.277290.732298.513560.845627.319
155,05%
Rio Grande do Norte138.681120.58390.561146.584166.602242.767
500.027

   
260,56%
Paraíba124.958119.463134.238190.531208.853520.929392.124
213,80%
Pernambuco231.129204.195202.273193.536203.944686.617902.280
290,38%
Alagoas106.941113.781130.732144.191153.318291.953330.740
209,27%
Sergipe62.43460.839113.333109.849174.330625.526427.521
584,76%
Bahia410.142367.892405.740457.340493.2511.691.2751.915.129
366,94%
Minas Gerais1.080.4351.065.6041.021.602923.6061.040.4341.431.0221.689.802
56,40%
Espírito Santo217.772202.873219.188220.632192.603196.706206.647-
5,11%
Rio de Janeiro780.072751.666770.043819.264844.323985.723805.926
3,31%
São Paulo2.292.6532.195.7172.296.1422.185.8502.263.4723.898.3252.906.302
26,77%
Paraná563.949556.286567.279584.948620.704580.422802.002
42,21%
Santa Catarina245.777221.773212.254241.652259.323394.798279.782
13,84%
Rio Grande do Sul415.550411.871453.028425.713464.178425.803935.224
125,06%
Mato Grosso do Sul92.14397.505105.715117.608127.372176.900172.402
87,10%
Mato Grosso242.919234.154241.244214.036648.681561.1831.323.197
444,71%
Goiás211.835185.969222.275228.889253.341325.307
729.679

244,46%
Distrito Federal159.149132.379167.411191.824173.354299.634192.955
21,24%
Total8.603.5828.248.1088.835.5649.107.63410.281.51918.110.551
19.465.622

126,25%

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