Na foto um flagrante da Colônia de Férias da AL-PR.
Justus critica Ministério Público e chama operação de “invasão”
Justus fez questão de deixar a presidência e ir à tribuna para fazer o pronunciamento. Primeiro leu o relatório feito pelo diretor-geral, Eron Abboud, descrevendo como teria sido a operação.
O presidente rechaçou o argumento do MP, que resultou na operação, de que a Assembleia não estava colaborando com as investigações e não estava entregando todos os documentos solicitados. Segundo ele, a Casa enviou cerca de meia tonelada de papéis solicitados pelo MP e respostas a 29 ofícios. “Além disso, nunca, jamais, o Gaeco encaminhou ofício ou solicitou qualquer informação à mesa diretora”, disse.
O presidente da AL afirmou que houve quebra da ordem constitucional e disse que, se nada for feito para conter excessos, outros poderes, como o Palácio das Araucárias e o Tribunal de Justiça, poderiam ser alvo de ações futuras de busca e apreensão. “Cabe a essa Casa reagir”, conclamou aos colegas. “Como presidente, irei lutar para que o linchamento público que o Legislativo vem passando seja o início de um processo de transformação”, discursou. E invocou a seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que está convidando os paranaenses para uma manifestação pública contra as irregularidades na Assembleia, para que também se posicione sobre os eventuais excessos que teriam acontecido durante a operação policial.
Informou que até mesmo a documentação do recadastramento de funcionários e de papéis relativos ao tempo em que o atual governador, Orlando Pessuti (PMDB), era deputado estadual foram levados pelo MP. Insinuou que os agentes policiais poderiam ter inclusive instalado câmeras e escutas durante a operação, transformando a Assembleia em um reality show.
Para Justus, um juiz de primeira instância não teria a prerrogativa de autorizar uma operação dentro da Assembleia – medida que só o Tribunal de Justiça poderia tomar. Ele também disse que a autorização judicial para a operação fere uma decisão de instância superior – no caso, um mandado de segurança concedido pelo TJ – que impedia o fornecimento de algumas informações financeiras dos funcionários. Os documentos supostamente protegidos pelo mandado teriam sido levados pelo Gaeco.
Ação na Assembleia paranaense foi legal
Apesar de o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Nelson Justus (DEM), ter classificado a ação do Ministério Público (MP) como ilegal, a busca e apreensão de documentos na Casa foi executada dentro da lei.
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COMENTÁRIO: A íntegra da nota do MP está postada mais abaixo. A frase final do comunicado é antológica e eu assinaria embaixo uma centena de vezes se fosse preciso:
Nesse contexto, as ações do Ministério Público hão de convergir para os melhores anseios de um Parlamento forte, digno, receptáculo maior das esperanças da sociedade paranaense.
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