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quinta-feira, 3 de março de 2011

Mulheres paralisam rodovia no litoral de São Paulo contra indústria dos venenos


Por Maria Aparecida



 Na manhã desta quinta-feira (3/3), cerca de 600 mulheres da Via Campesina e outros movimentos sociais fecharam parte da Rodovia Cônego Domênico Rangoni,  também conhecida como Piaçaguera-Guarujá, que dá acesso ao Pólo Industrial de Cubatão, no litoral de São Paulo.



Tendo como tema a luta contra os agrotóxicos, a manifestação denunciou os impactos negativos da utilização abusiva desses venenos na vida do trabalhador e trabalhadora do campo e da cidade e no meio ambiente.



No pólo onde as mulheres realizaram a ação, encontram-se grandes empresas produtoras de veneno, como Bunge, Vale Fertilizantes, Rhodia, no total de 52 empresas. Dessas, cerca de 80% são produtoras de venenos.



Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Só em 2009, o país consumiu cerca de 790 mil toneladas de veneno.



O estado de São Paulo está entre os três primeiros estados produtores de agrotóxicos no Brasil.



Dentre outras dezenas de mobilizações que acontecem por todo o Brasil, essa faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, em torno do Dia Internacional de Lutas da Mulheres.

Estrada parada
A ação começou por volta de 7h, quando alguns ônibus chegaram. Depois, parte das mulheres que estavam nos ônibus ocuparam a rodovia.


Aos poucos, os chapéus de palha se multiplicaram e, ao final, somaram-se às 600 mulheres, denunciando os malefícios do uso dos agrotóxicos, desde a produção, pelos agricultores, até o consumo por toda população brasileira.



Após uma hora de paralisação, as mulheres realizaram uma marcha até os ônibus, entoando palavras de ordem, com a perspectiva de que a luta não pararia apenas com esse ato, até que se possa viver em um país com soberania alimentar e sem a utilização de nenhum tipo de agrotóxico.

3 comentários:

  1. Pois é Mário, até que enfim essa luta chegou onde deveria chegar. Dizia meu amigo Miran em uma de suas músicas "SEM MULHER NÃO SE FAZ REVOLUÇÃO". Quando poucos afirmavam que a verdadeira reforma agrária no país seria desmorar o modelo de produção agrícola, a maioria nos chamavam de malucos. Ufa, até que enfim.

    Alfredo Benatto

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  2. Como dizia o poeta MIRAN: "SEM MULHER NÃO SE FAZ REVOLUÇÃO".

    Até que enfim.

    Alfredo Benatto

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  3. Isso aí Alfredo! Veja que coisa linda aqui e também nos países arabes!

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