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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A conspiração da tarifa (uma história muito real)

Por Valdir Cruz


Este "post" é uma tese. Portanto, pode não ser, necessariamente, real. Mas ele contém, com certeza, informações absolutamente verdadeiras. A tese vai mostrar um golpe eleitoral em gestação, no oitavo mês, indo para o nono. Para entender o golpe como um todo, leia integralmente o conteúdo. E, depois, opine. Diga se a tese ficará provada ou não. 
Divulgação
 (photo: )

Primeira informação (conteúdo retirado do site da “Gazeta do Povo”):
“O prefeito Cássio Taniguchi autorizou um rea­­juste na passagem de ônibus, no final de janeiro de 2004, e viajou ao exterior. A tarifa passou de R$ 1,65 para R$ 1,90 em um domingo. O vice-prefeito, Beto Richa, assumiu e cancelou o aumento na terça-feira. Taniguchi voltou e teve de enfrentar o imbróglio. A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), vinculada ao governo estadual, na época comandada por Roberto Requião (PMDB), também era contra o reajuste, e requisitou as planilhas de cálculo da tarifa.
No início de março, sem resposta da Comec, Taniguchi suspendeu a integração do transporte com as demais cidades da região metropolitana e elevou a passagem para R$ 1,70 na capital. Em 9 de abril, a jogada de Richa e a pressão da Comec naufragaram. A integração voltou a valer, e todas as tarifas passaram a ser de R$ 1,90”.
Desta farsa, nasceu a popularidade de Richa. Ele passou a toda a eleição atacando Taniguchi, como se fosse o adversário número um do prefeito. A população engoliu a isca e elegeu Beto Richa como novo prefeito.
Se você não sabe, Cássio Taniguchi é o Secretário de Planejamento do governador. Quer dizer: nunca foram inimigos.
Situação atual
Beto Richa é candidato à reeleição como governador. Não tem obras ou projetos que possam alavancar a sua candidatura. Muito pelo contrário: há dívidas não pagas, um caos geral na administração.
Como se reeleger numa situação dessas?
A saída está no passado, no mesmo golpe da tarifa aplicado nos eleitores curitibanos em 2004.
Ou seja: numa armadilha para enganar trouxas, reduzindo, momentaneamente, a passagem.
A tese:
De novo, e usando o ”know-how” do passado, a tarifa volta a ser o “cavalo de Tróia” de Beto Richa.
Incentivando a greve e o aumento no preço da passagem, ele vai forçar o prefeito Gustavo Fruet a romper a integração. Sem ter como suportar um reajuste muito elevado e ainda subsidiar o que o governador se nega a pagar para manter a rede integrada funcionando, a alternativa é uma só: romper com a integração.
E quando houver o aumento e a desintegração, Richa estará viajando – embarca hoje e só volta dia 7 -  em “férias”, para dizer que não tem nada com isso.
Ao voltar, dá uma de macho. Não se conforma com o aumento. Chama as empresas da Região Metropolitana, que operam sem passar por concorrência, e acerta a redução da tarifa das linhas metropolitanas, provocando um enorme desgaste no prefeito Gustavo Fruet, ao mesmo tempo em que a popularidade volta a lhe sorrir. Se der certo na Capital, leva a receita (ou o golpe) para as demais cidades com região metropolitana.
Pronto!
A eleição está no papo!
E aí? O que você acha desta tese?
Estapafúrdia?
Real?
 Pode ser que sim? Pode ser que não?

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