no Zero Hora
Parlamentares pretendem investigar irregularidades com próteses, exames e medicamentos
A denúncia da repercute no Congresso Nacional. Mesmo em período de recesso, os deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS) e Sílvio Costa (PSC-PE) articulam a abertura de uma CPI para investigar o caso.
Os parlamentares conversaram nesta segunda-feira e pretendem coletar as 171 assinaturas necessárias para criar a comissão de inquérito a partir da primeira semana de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura. Ao longo de janeiro, a ideia é reunir material de investigações e denúncias, junto com publicações na imprensa, para embasar a abertura da CPI.
Além de irregularidades no uso de órteses, próteses e materiais especiais, a CPI pretende apurar eventuais fraudes na indicação de exames e medicamentos, que também poderiam ser receitados sem necessidade ou mediante pagamento de comissões.
— É possível que seja a ponta de um iceberg, que a investigação revele um esquema que vai muito além das próteses — diz Paulo Pimenta.
A máfia das próteses foi denunciada em reportagem veiculada no domingo pelo Fantástico, da TV Globo. A fraude envolveria pagamentos de comissões a médicos e dentistas por distribuidores de próteses e implantes, e ocorreria em cinco Estados.
As comissões pagas aos médicos e dentistas ficariam entre 15% e 50% do valor dos produtos. Os profissionais assinariam contratos de consultorias com as empresas a fim de justificar os repasses.
Conforme a reportagem, na fraude as empresas chegariam a propor aos médicos que incluíssem nos relatórios materiais não utilizados nos pacientes. Também haveria registro de cirurgias desnecessárias.
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