A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) divulgaram nessa quarta-feira (31) uma lista com perguntas e respostas mais frequentes sobre a febre amarela, que busca orientar pais, cuidadores e médicos sobre os devidos cuidados na vacinação das crianças.
A vacinação é a maneira mais efetiva de se proteger contra a febre amarela. A vacina deverá ser administrada aos bebês e crianças a partir dos 9 meses de idade e, assim como para os adultos, ela é indicada apenas para aqueles que vivem ou pretendem se deslocar para áreas onde há a ocorrência da transmissão ativa da doença. Contudo, alguns cuidados específicos devem ser tomados em relação às crianças.
Entre seis e nove meses, a aplicação só é recomendada em casos especiais, a serem avaliados pelo pediatra.
Gestantes e crianças a partir dos nove meses até os dois anos de idade, deverão receber a dose padrão da vacina, já que não existem estudos científicos que garantam a eficácia da dose fracionada para esses grupos populacionais específicos.
Já as crianças maiores de dois anos poderão tomar a dose fracionada (1/5 da dose padrão), indicada pelo ministério da Saúde, com respaldo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que garante a proteção contra a doença por pelo menos oito anos.
Os especialistas alertam que a vacina contra a febre amarela não deverá ser administrada ao mesmo tempo que as tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela) em crianças menores de 2 anos de idade.
Para as crianças que não receberam nenhuma dessas vacinas, a orientação é que recebam primeiro a da febre amarela e agendem a tríplice ou tetra viral para pelo menos 30 dias depois. As demais que constam no calendário podem ser administradas no mesmo dia que a vacina contra a febre amarela.
As mulheres gravidas só deverão se vacinar se residirem ou pretenderem se deslocar para local em que ocorreu a confirmação de circulação do vírus da febre amarela.
Repelentes
Os repelentes que contêm a substância DEET podem ser usado em crianças acima de 2 anos de idade, e oferecem proteção de duas a cinco horas, quando deverão ser reaplicados. Já os que contêm as substâncias IR3535 e a Icaridina poderão ser administrados nos bebês a partir dos seis meses, com proteção de cinco até dez horas. Todos esses podem ser utilizados pelas gestantes.
Os pediatras também orientam pais e cuidadores a não permitir que as crianças manipulem e utilizem os produtos. Os repelentes deverão ser aplicados primeiro nas suas mãos e em seguida na pele da criança. Apesar de haver maior risco de picadas de mosquitos no crepúsculo ou ao amanhecer, as picadas podem ocorrer em qualquer momento do dia.
A lista completa com perguntas e respostas você encontra aqui.
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