Páginas

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Carnamental reúne usuários dos 12 Caps de Curitiba

Mais de 100 pessoas participaram, nesta sexta-feira (13), do Carnamental, na Rua da Cidadania Fazendinha. Promovido pela Secretaria Municipal da Saúde, o evento reuniu usuários das unidades de saúde do Portão e dos 12 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Curitiba, que atendem usuários de álcool e drogas e pacientes com transtorno mental.

via Agência de Notícias da PMC


De acordo com Patrícia Folly, psicóloga do Departamento de Saúde Mental da Secretaria, nos anos anteriores o carnaval era festejado em cada Caps separadamente. “Este ano resolvemos reunir as pessoas atendidas e seus familiares em uma única festa, criando mais uma oportunidade de reinserção social”, conta.

N.V, 32 anos, está há dois meses em tratamento no Caps Cajuru. Antes, ficou um ano morando nas ruas de Curitiba, mas a saudade dos dois filhos falou mais alto e depois de três dias sem usar crack procurou o Caps para iniciar o tratamento. “Já passei por oito clínicas de tratamento e nunca consegui largar o vício. A droga nos isola e o tratamento no Caps busca exatamente o contrário. Ele trata toda a família, que fica coodependente. Por isso essa festa, essa integração com as pessoas é tão importante”, destaca.

Caps


Curitiba conta com 12 Caps – três infantis, quatro para pacientes com transtorno mental e cinco para usuários de álcool e drogas. Os atendimentos passaram a seguir a diretriz de cuidar em liberdade, assegurando o acolhimento de todos os usuários. Desta forma, o atendimento passou a ser realizado sem privar os usuários do contato social e com a família, que frequentemente participa dos atendimentos.

O atendimento também foi ampliado com as atuais sete unidades que passaram a funcionar 24 horas, inclusive nos finais de semana. O número de acolhimentos passou de 80 ao ano para 100 ao mês. Atualmente, a rede municipal conta com 64 leitos nos Caps, antes eram apenas cinco. Mais de 4,2 mil pacientes começaram o tratamento em 2014.

“Quando identificamos que algum usuário está mais vulnerável e precisa passar mais tempo no Caps, acolhemos também durante a noite. Este é o período de crise, que nos Caps é tratado pela mesma equipe que atende o usuário em seu dia a dia. Esta vinculação que existe com os profissionais do serviço faz com que este período seja curto. Desta forma, o tempo médio de uso do leito é de oito dias, muito inferior à média de até 40 dias em hospitais psiquiátricos”, explica Marcelo Kimati, diretor do Departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde.

Portal do Futuro


Aproximadamente 500 pessoas circularam nos aulões do pré-carnaval nos Portais do Futuro do Boqueirão, Bairro Novo, Cajuru e CIC.

“Ficamos surpresos com a adesão do público nos aulões, sugeridos pelos gestores dos próprios portais”, disse Liege Buck, da coordenação de Políticas Públicas de Juventude da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude.

Os aulões reuniram jovens e adultos, numa programação que teve desde as tradicionais marchinhas de carnaval, passando por aulões da dança zumba, pintura de rosto para crianças, brincadeiras, até o tradicional baile de carnaval.

A aposentada Vera Lúcia Santos da Silva, moradora do bairro Alto Boqueirão, aos 60 anos, esbanjou vitalidade na aula de zumba no Portal do Futuro do Boqueirão. “Achei muito bacana a iniciativa deste pré-carnaval. Os professores são maravilhosos, sempre dando uma atenção especial e contagiando a todos” disse Vera Lúcia, que há dois anos faz aulas de hidroginástica no Portal do Futuro do Boqueirão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário