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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Paraná: Servidores da Saúde podem entrar em greve nesta terça-feira

via SindSaude


Nesta terça-feira (24), às 8 horas, no acampamento instalado na Praça Nossa Senhora de Salete, Centro Cívico, o SindSaúde - Sindicato dos Servidores na Saúde Pública do Paraná- realiza assembleia que pode definir a retomada da greve da categoria, que está em estado de greve, desde o dia 13 de fevereiro.

A retirada dos projetos de lei do governo que foram encaminhados para aprovação na Assembleia Legislativa do Paraná não é garantia de manutenção dos direitos históricos do funcionalismo e, portanto, a categoria continuará mobilizada e vigiando as ações do Executivo e do Legislativo estadual.

Ao todo, são 10 mil servidores da saúde estadual, que atuam em 22 regionais de saúde, unidades e mais de 10 hospitais públicos existentes no Estado.

Motivos para greve

Calotes do governo Richa

- Terço de férias - Desde dezembro, o governo parou de pagar o terço de Férias, que é o percentual do salário que os trabalhadores devem recebem quando entram em férias.

- Auxílio Alimentação - O benefício, no valor de R$ 103, é pago a 1.400 servidores que recebem até dois salários mínimos, mas também parou de ser pago em dezembro.

- Horas extras - Em janeiro, o calote foi em direção às horas extras. Quem trabalhou, foi surpreendido com um contracheque que veio sem pagar as horas extras.

- Pacotaço do governador Beto Richa, que, entre outras medidas, propõe vários cortes de direitos

- Fim do quinquênio - O PL 02/2015 acaba com esse direito, que garante o adicional de 5% no salário a cada cinco anos trabalhados.

- Redução do Anuênio - O PL também reduz o anuênio que é pago ao servidor que completa 30 anos de serviço e não se aposenta. Hoje esse servidor tem direito a receber 5% sobre o salário base por ano. Com o pacotaço, este percentual cairá para 0,1% ao ano.

- Rombo na Aposentadoria - O PL 01/2015 do governador Richa quer acabar com o Fundo Previdenciário da ParanaPrevidência, que hoje tem R$ 8 bilhões e simplesmente transferir este dinheiro para o Fundo Financeiro, que é administrado pelo Estado. Um absurdo, já que este dinheiro é dos servidores. Com isso, o dinheiro que iria pra pagar as aposentadorias futuras, poderá ser usado no que interessar ao governo.

Outro golpe contra a aposentadoria é a criação do Fundo Complementar de Previdência, estabelecendo o teto das aposentadorias em R$ 4.663.75, igual ao da Previdência Social.

- Precatórios - O PL do governo também reduz o valor das ações judiciais a serem pagas pelo governo de 40 salários mínimo para R$ 12 mil. A partir deste valor, as ações entram na lista interminável de precatórios. Essa alteração atinge em cheio o trabalhador que aguarda o resultado da ação do retroativo da GAS.

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