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quarta-feira, 7 de março de 2018

Deputado que disse que quilombolas, índios e homossexuais são "tudo o que não presta", agora quer liberar o uso de veneno

Proposta quer sustar decisão e liberar agrotóxicos que contenham substância ‘Paraquate’

Billy Boss - Câmara dos Deputados

Luis Carlos Heinze: produto é comercializado em 85 países


A Câmara dos Deputados poderá sustar resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe o uso no País de agrotóxicos que contenham a substância ativa ‘Paraquate’ em sua composição (Resolução 117/17).

É o que pretende o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 817/17, do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). “O setor agropecuário se depara com a proibição de uma das ferramentas mais importantes para o cultivo de várias das principais culturas nacionais - como a soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e trigo”, observa Heinze.

O deputado argumenta que o Paraquate é registrado e comercializado em 85 países, entre os quais EUA, Canada, Austrália, Japão e Nova Zelândia, que, segundo ele, possuem os sistemas regulatórios mais exigentes do mundo. Para Heinze, o parecer da Anvisa fundamentou-se em argumentos políticos e não científicos.

O parecer da Anvisa que proíbe o uso de Paraquate conclui que o manuseio do produto pode levar a mutação genética e causar a doença de Parkinson.

Heinze rebate as conclusões da Anvisa baseando-se no parecer do órgão sanitário da Austrália (Australian Pesticides and Veterinary Medicines Authority (APVMA), o qual, segundo o deputado, concluiu em 2016 que não há relação causal do Paraquate com a doença de Parkinson ou com mutagenicidade.

Tramitação

O projeto será discutido e votado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será analisado e votado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:


Comentário: Luis Carlos Heinze é aquele mesmo deputado que em discurso de campanha, disse que quilombolas, índios e homossexuais são "tudo o que não presta".
Veja aqui

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