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sábado, 17 de novembro de 2018

CFM avisa: não topamos o que ofereceram aos cubanos


por Gilberto Maringoni no portal GGN

O Conselho Federal de Medicina, entidade que ataca com baixeza os médicos cubanos desde 2013, lançou nota sobre o tema em seu portal.

Num tom desinteressado-esperto, a entidade começa afirmando que:

"O Brasil conta com médicos formados no País em número suficiente para atender às demandas da população".

Então tá. Mas, quando se pensa que os discípulos de Esculápio se oferecerão de forma cívica e desassombrada para cumprirem a sagrada missão de salvar vidas nos confins do Brasil - aquele que está "acima de tudo" - eis que as exigências aparecem:

"Cabe ao Governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população, ou seja, infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves;

Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o Governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada".

Leiam novamente: "Infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves" e "a criação de uma carreira de Estado para o médico".

Em português claro, os brasileiros avisam que não irão tratar de pobre, ainda mais longe de casa, tão cedo. Nem mortas topamos o que vocês ofereceram à mulambada!

Diante da emenda de teto de gastos em vigor e com a tara de Paulo Guedes por cortes, a agência de lobby dos médicos acaba de lavar as mãos sobre a saúde de milhões de brasileiros.

Com desinfetante.

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