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terça-feira, 5 de abril de 2011

Cenas Curitibanas: Moradores do Xaxim denunciam problemas em realocação de famílias



Moradores do Bairro Xaxim, em Curitiba, reclamam da aparente falta de critério da Prefeitura na realocação de famílias que vivem em supostas áreas de risco. Cerca de 500 famílias que residem nas Vilas Mariana, Esmeralda, Rex e Itamaty, próximo ao Rio Ribeirão dos Padilhas, estão sendo chamadas pela Cohab para receberem casas que foram construídas em um loteamento no Bairro Tatuquara. A maioria dessas famílias mora nessas localidades há cerca de 30 anos. As casas onde residem são de bom padrão de qualidade, pois foram sendo construídas ao longo desse período. 

Essas casas estão situadas a uma distância razoável do rio e nunca foram atingidas por enchentes. Um dos sobrados, por exemplo, está a cerca de 40 metros do Ribeirão dos Padilhas.

Mas bem perto dali, moradores de diversas residências precárias, localizadas na margem do rio, em áreas que representam riscos reais a essas pessoas, não foram chamados para realocação. 

Dezenas de moradores do bairro acompanharam a sessão plenária nesta terça-feira (05).

Por iniciativa da vereadora Professora Josete (PT), os vereadores aprovaram um pedido de informações à Cohab indagando sobre o caso. As dúvidas são as seguintes: 

1) Porque essa região está sendo considerada área de risco?
2) Há um projeto de revitalização/reurbanização para essa área?
3) Quais os critérios utilizados para definir quais famílias devem ser realocadas, uma vez que famílias que moram na margem do rio não estão sendo chamadas?
3) Os terrenos onde estão residindo essas famílias são públicos? Se não, a quem pertencem?
4) A cancha denominada campo dos ferroviários, existente nas proximidades do Ribeirão dos Padilhas e Rua Omar Raimundo Pichet será retirada desse local?
5) Que providências estão sendo tomadas com relação à Escola Estadual João Paulo II e a Escola Muncipal David Carneiro que sofrem risco de enchentes?

A Administração Municipal tem um prazo de 15 dias para responder ao requerimento. 

Por meio de parlamentares da Base de Apoio ao Prefeito, a Cohab teria assumido o compromisso de reavaliar os procedimentos adotados.

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