na ONU-BR (dica da Daiane Kock)
Em 2012 foi inaugurada a Unidade Regional de Saúde (URS) de Planalto Serrano, na periferia do município de Serra, no Estado do Espírito Santo. Segundo a coordenadora da unidade, Naiara Vidoto, o estabelecimento abrange uma população de aproximadamente 12 mil pessoas.
Com três equipes de Saúde da Família, sendo dois médicos principais e um médico de apoio do Programa “Mais Médicos”, Naiara conta que a relação tem sido muito positiva. “Nós contamos com três médicos cubanos na unidade. Eles foram muito bem recebidos pela população e já estão se sentindo em casa”, afirma Naiara.
Dois dos médicos cubanos são Orlando Maure Ceballo, 47 anos, e Tamara Delgado Riesgos, 51 anos. Eles chegaram na unidade em dezembro do ano passado e já conseguiram resolver o atraso nas consultas de pré-natal, desenvolveram um programa de atendimento para os casos de hipertensão e diabetes e tiveram a iniciativa de sistematizar as consultas domiciliares.
“Ainda temos que organizar muita coisa, mas estamos felizes com o resultado do nosso trabalho. Estamos ajudando a quem precisa”, afirma Tamara.
Já no posto de saúde de Taquara I, na periferia de Serra, Orelys Reyes Madrazo, médico cubano de 39 anos, explica que não é a primeira vez que sai de Cuba para trabalhar em – como ele mesmo define – uma missão humanitária internacional.
“A demanda aqui é bem alta”, diz o médico. Com uma população de aproximadamente 5 mil pessoas na região, foi em dezembro de 2013 que a unidade recebeu o reforço do Programa “Mais Médicos”.
“Nós fomos premiados com a vinda dele para cá. Ele é um médico sensacional”, afirma a gerente de serviços de saúde, Zilá Gonãlves Fausto.
Com as unhas do pé pintadas no chinelinho diminuto, enfeitado com a imagem de uma princesa da Disney, Ana Beatriz Mota Pereira, de 2 anos, aguardava sua vez de ser atendida no posto de saúde de Taquara I. Na primeira consulta com o Dr. Orelys, foi diagnosticado um quadro de bronquite asmática, e agora Ana Beatriz retorna ao posto periodicamente para seguir o tratamento e ser avaliada.
“Eu fico rindo dele às vezes porque ele fala engraçado, mas entendo tudo o que ele diz. A gente está seguindo o tratamento que ele mandou direitinho”, conta Leonara Pereira, 19 anos, tia da paciente. “Eu também me trato com ele, e gosto desse médico. Eu estava com uma infecção, alguma coisa no sangue eu acho, mas já fiquei boa, e a Ana já está melhor também.”
Visando à cobertura universal e ao controle e erradicação de doenças, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) vem apoiando o Ministério da Saúde na implementação do Programa. Este apoio inclui o suporte técnico à ampliação da estratégia da atenção primária de saúde e da melhoria da estrutura da rede de serviços de saúde, além da avaliação da cooperação técnica neste campo específico.
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