Temer pode até pensar que chegar à presidência da República será o auge da sua carreira política.
Mas ele se engana. Será o ocaso.
Ao colocar a faixa presidencial ela estará carimbada com a palavra "traição".
Ao fazer o seu primeiro discurso oficial, no dia 7 de setembro, por trás de cada palavra que pronunciar haverá outra, mais presente: traidor.
O 7 de setembro, festejado como o Dia da Independência será, daqui em diante, conhecido como o Dia da Traição.
Quem traiu uma vez, vai trair sempre.
Ele traiu a presidente da República que o elegeu.
Traiu a aliança política que garantiu ao seu partido metade do poder federal durante quatro anos.
Agora está traindo o povo brasileiro ameaçando implementar medidas rotuladas como "impopulares", mas são mais do que isso, são "desastrosas". São anti-pátria. E, se efetivadas, vão condenar ao país ao atraso e à revolta crônica.
O ministério de Temer será o ministério da traição.
Seus líderes no Congresso serão os líderes de um traidor.
Os seus aliados serão os aliados de uma traição.
O "Fora Temer" das ruas será trocado por "Temer traidor".
A cada acordo que fizer o outro lado ficará na dúvida: será que ele não vai nos trair?
Sobre cada promessa que fizer vai pairar uma nuvem: será que ele vai cumprir?
O primeiro sutiã ninguém esquece, dizia uma famosa propaganda de décadas atrás.
A primeira traição também não.
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