De repente, uma questão que é de saúde pública mas, acima de tudo é de CIDADANIA, (a proibição de propaganda de bebidas alcoólicas) é tratada como "atentado ao direito à informação".
Já que a questão é de direito à informação, aqui vão algumas coisinhas que eu me lembro assim "de cabeça" (portanto, os números são aproximados):
- 90% dos casos atendidos nos Pronto Socorros tem alguma coisa a ver com álcool. Quem agrediu ou quem foi agredido, quem atropelou ou quem foi atropelado, acidentes de trânsito, coma alcoólico, violência contra crianças, violência doméstica, e mais: CIRROSE DESCOMPENSADA, HEMORRAGIA DIGESTIVA, PANCREATITE, DESNUTRIÇÃO e por aí vai.
- 70% dos internamentos em hospitais psiquiátricos tem a ver com alcool. Ficam em torno de 45 dias, voltam "para a sociedade" e tem uma taxa altíssima de reinternação.
- Neste ponto, cabe ressaltar que outros tipos de internamentos pelas demais dependências químicas tem também o álcool como mediador. Algumas vezes, pelo uso combinado mas, com certeza, como porta de entrada para drogas mais pesadas.
- Mortes estimadas ocorridas em 10 anos de Guerra do Vietnã: 25 000
- Mortes por acidentes de trânsito EM UM ANO no Brasil (mais de 70% mediados por alcool): 50 000
- A mortalidade mediada por álcool/drogas é causador de uma taxa altíssima de "Anos de Vida Perdidos" o que contribui para diminuir a Expectativa de Vida da população em geral. A Expectativa de Vida ao Nascer é um dos indicadores que são utilizados para o cálculo do IDH.
- O IDH do Brasil (embora tenha progredido)ficou aquém do esperado na última rodada divulgada pela ONU...
Resumindo: A "propaganda alcoólica"é acima de tudo uma questão de direitos humanos (assim mesmo em minúsculas).
- direitos "humanos" das grandes transnacionais que tem aqui um dos maiores mercados do Mundo no consumo de álcool
- direitos "humanos" das Agências de Publicidade, que não querem perder o seu "suado" dindin...
- direitos "humanos" das emissoras de TV idem idem...
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