Ontem à noite eu estava teclando com a Tiemi, minha filha. A pestinha foi em um daqueles intercâmbios malucos em que a pessoa (de formação universitária) dirige-se aos Estados Unidos, por sua livre e espontânea vontade, arca com todas as despesas, paga todas as taxas, e submete-se de forma absolutamente voluntária ao trabalho informal em uma cafeteria. Eles chamam de "Working Experience". De qualquer forma, toda experiência serve para acrescentar alguma coisa, ainda mais em Nova Iorque, no Natal (o lugar que fica mais perto do Paraíso Terrestre para 2/3 da classe média brasileira) e trabalhando em uma daquelas cafeterias típicas situadas no Soho (a classe média deslumbrada não gosta do Soho... não tem muita coisa prá comprar lá).
Mas, voltando ao papo com a minha "Baixinha", ela estava me contando da coisa paradoxal que é a neve. Por um lado, é lindo (novidade para quem vive nos trópicos), por outro, é um tremendo transtorno caminhar com 2 palmos de neve na calçada.
Ela me contou, revoltada, que a Prefeitura de NY, passa a máquina para limpar a neve no centro da cidade mas, como ela está morando no Bronx (onde moram aqueles Rappers que a gente vê nos filmes e a língua oficial é o espanhol) tem que andar com os pés enfiados na neve. Tremenda discriminação!!!
Daí eu contei prá ela que estas coisas são mais comuns do que ela pensa.
Ontem mesmo, na inauguração da Linha Verde em Curitiba, os menininhos ricos crescidinhos e seus carros antigos ficaram revoltados e partiram prá porrada com o povão que insistia em ocupar a avenida e... bom, deixa prá lá! O asfalto que falta ainda na Vila Sandra foi utilizado no recapeamento da pista de Cooper do Parque Barigui.
Terminamos o papo com uma constatação: o espírito WASP é a pior praga que já apareceu na face da Terra.
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