Porteira fechada
Agência Estado • dora.kramer@grupoestado.com.br
No que depender do PMDB, citado como uma possível alternativa de filiação para Delúbio Soares concorrer a uma vaga de deputado federal por Goiás, é melhor o ex-tesoureiro do PT se ajeitar com seu antigo partido ou então tentar a sorte em outra freguesia. Agremiação de critérios reconhecidamente flexíveis, o PMDB considera, contudo, que para tudo há limite. Aceitar a inscrição da figura símbolo do mensalão, por exemplo, está fora de cogitação.
Os dirigentes ainda não falam do assunto oficialmente. Por três motivos: primeiro, porque não houve nenhum pedido de filiação por parte de Delúbio, apenas especulações. Segundo, por causa do constrangimento que o assunto provoca no governo federal, cuja coalizão o PMDB integra na condição de parceiro preferencial.
Em terceiro lugar, os peemedebistas já têm problemas suficientes para administrar desde que assumiram as presidências da Câmara e do Senado. Precisam de tudo, menos de envolvimento na confusão alheia, para a qual nem foram formalmente chamados. E, se o partido for convocado, oficial ou extraoficialmente a prestar esse favor ao PT, livrando-o do da problemática decisão?
“O partido não aceitaria”, responde um dirigente do primeiríssimo escalão, recusando o convite para explicar as razões com um sorriso que traduz o óbvio: o conjunto da obra, ora sob exame no Supremo Tribunal Federal, dispensa justificativas.
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