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domingo, 27 de setembro de 2009

FHC, Zelaya, G-20: Lula pula outra barreira do racismo brasileiro

Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

O “cosmopolitismo” é uma das últimas barreiras do racismo brasileiro contra o presidente Lula.Faz parte da ideologia da elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo), o dogma de que o “cosmopolitismo”, o “saber apresentar-se aos estrangeiros”, “freqüentar a Metrópole”, isso é monopólio da elite.

Só os tucanos sabem francês.O Farol de Alexandria materializou o preconceito racial de forma exemplar.

Ele se dizia ter “um pé na cozinha”, mas, na verdade, tinha um pé na cozinha do Pedro Moreira Salles.

O Itamaraty era território reservado à elite branca.

Fazer sucesso no exterior, só eles.

Fernando Henrique reproduzia nos salões europeus o que se ouvia por onde Pedro II passava: o país não presta, mas o Imperador é ótimo (*).

Quando Obama disse que Lula é “o cara”, “this is my man !”, o PiG (**) menosprezou, porque Obama é negro e, provavelmente, não é americano, como suspeita a extrema-direita americana.

O PiG (**) odeia o Obama.

O que acontece agora, porém, é demais.

Não basta o sucesso dentro do Brasil.

A vingança da marolinha, a redução da pobreza – clique aqui para ler como a urubóloga Miriam Leitão quase desfalece .

Ainda por cima, o sucesso na “metrópole”.

Veja bem, amigo navegante: o mundo passará a debater as questões econômicas numa assembléia de que o Brasil faz parte, o G-20.

O PiG (**) escondeu a notícia ( o Conversa Afiada, não).

E além de esconder, como o Estadão de hoje, na pág. B13, faz questão de ressaltar que o G-20 não vai dar em nada …

Sem falar no Clovis Rossi, da Folha (***), o “cosmopolita” do sótão – o “cosmopolita” do porão é a Eliane Catanhêde.

Que estava em Pittsburgh e não percebeu a passagem do bastão do G-8 para o G-20…

Agora, o Zelaya

A ONU, a OEA, a Europa, todo mundo apóia Zelaya e a atitude do Brasil é exemplar – e central.

É o resultado do peso que a diplomacia do Governo Lula passou a desempenhar.

Os ressentidos, aqueles que construíram a “diplomacia da dependência”, que falava francês no foyer e lá dentro, na coxia, pedia dinheiro emprestado ao FMI, essa diplomacia dos Lampreia, dos Barbosa, dos Azambuja agora vai para os jornais desacatar o Brasil.

É o racismo.

Eles são a vitrine do racismo.

São a Rue du Faubourg Saint-Honoré do racismo de Higienópolis.

Racismo que se manifesta de formas variadas.

Mas, é um só: o racismo contra o nordestino e contra o pobre.

Contra o operário metalúrgico que vai despejar o Fernando Henrique Cardoso na mesma gaveta em que a História depositou o Presidente Eurico Gaspar Dutra.

Outro entreguista que a elite adorava …

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