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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

OMS: gripe suína já matou quase 3 mil, mas vírus não sofreu mutação

Redação JB com agências internacionais - Agência IN

SÃO PAULO, 4 de setembro de 2009 - A gripe A (H1N1) matou 2.837 pessoas desde o aparecimento do vírus, em março deste ano. A maior parte das vítimas foram contabilizadas no continente americano, segundo dados divulgados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Agora há pelo menos 2.837 mortes que podem ser atribuídas ao vírus pandêmico H1N1", indicou à imprensa Gregory Hartl, porta-voz da OMS. O número representa aumento de 652 mortos em relação ao balanço anterior, publicado há uma semana.

O continente americano continua sendo o mais afetado, com 2.234 mortes, e a tendência segue em alta nas regiões equatoriais e tropical da América Latina (Equador, Venezuela, Peru e certas regiões do Brasil), segundo as informações da OMS.

As regiões tropicais da América Central e do Caribe (Costa Rica, Salvador, Guatemala, Honduras, Panamá e Cuba) contiuam afetadas, mas a maioria dos países registra um retrocesso das doenças respiratórias.

"O vírus continua ativo na África do Sul, assim como no sul e oeste da Austrália, apesar do fato de que o pico da estação de gripe invernal tenha passado na maioria das regiões temperadas do hemisfério sul (Chile, Argentina, Austrália e Nova Zelândia)", informa a organização.

O vírus também continua ativo nas regiões tropicais do sul e sudeste da Ásia, segundo a organização, que cita, entre outros, Índia, Bangladesh, Mianmar, Tailândia, Camboja, Sri Lanka e Indonésia. No entanto, Tailândia e Brunei "começaram a comunicar uma tendência em baixa no que se refere às doenças respiratórias", indica a OMS.

O relatório indica ainda que o vírus não se tornou mais virulento, apesar do aumento de casos e, consequentemente, mortes.

"O H1N1 continua sendo o vírus gripal dominante em circulação, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul", acrescentou a OMS.

Em média, 61% dos casos de gripe assinalados no mundo se devem ao novo vírus, segundo os dados comunicados à OMS.

A OMS contabilizou 254.206 casos comprovados de gripe A (H1N1) por testes de laboratório, mas este dado a está muito abaixo da realidade, já que os países mais afetados já não realizam testes sistemáticos.

Esta semana a OMS advertiu que não haverá vacinas suficientes contra o vírus e vários grandes laboratórios também admitiram que fabricarão menos vacinas contra a gripe H1N1 do que previam inicialmente, o que gera preocupação nos países que se preparam para um aumento de contágios com a chegada do inverno no hemisfério norte.

A diretora geral da OMS, Margaret Chan, calculou em 900 milhões de doses a capacidade anual de produção mundial de vacinas contra a gripe, para uma população mundial de 6,8 bilhões de habitantes.

Em julho, a OMS estimou que os grandes laboratórios poderiam produzir, a partir de meados de outubro, até 94 milhões de doses semanais, o que equivaleria a 4,8 bilhões de doses por ano.

Mas em meados de agosto, a organização revisou para baixo o número, indicando que deveria ser dividido por dois e até por quatro, com uma capacidade de produção de 1,2 bilhão de doses anuais.

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