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sábado, 10 de outubro de 2009

Agnelli fora da Vale, já !

no Conversa Afiada

Como proprietário de ADRs da Vale na Bolsa de Nova York, sinto-me no direito de exigir a demissão sumária de Roger Agnelli do cargo de presidente da Vale.

O Conversa Afiada se gaba de ter sido o primeiro a perceber que esse executivo de méritos discutíveis jogava no ralo o patrimônio da Vale – e de seus acionistas –, em benefício dos lucros de curto de prazo e, especialmente, de sua carreira.

O Conversa Afiada foi o primeiro a denunciar que esse Agnelli se comportava como DONO da Vale e, não, como empregado.

Ele se sentia o rei do pedaço, porque era o “queridinho” do PiG (*).

Ele deve ter dado mais entrevistas à urubóloga Miriam Leitão do que o Pedro Malan …

Agnelli era a anti-Petrobrás.

De um lado, o PiG(*) jogava a Petrobrás no precipício da ineficiência estatizante.

Do outro, depositava Agnelli no “Panteão Margaret Thatcher”, entre Milton Friedman, Pinochet e John D. Rockefeller, como um titã da eficiência privatista.

Papão furado.

Agnelli manteve a Vale trancada num nicho jurássico: ser uma exportadora de minério de ferro.

Séculos depois, o Governo Lula acordou para o fato de que os fundos de pensão das estatais – Petros, Previ e Funcef, que já tinham caído na patranha da BrOi pelas mãos de outro “Agnelli” – iam cair na patranha do Agnelli.

Agnelli desmata.

Agnelli demite na hora errada.

Agnelli não constrói siderúrgicas.

Agnelli compra na China navios que o Brasil pode produzir em Pernambuco.

Agnelli é o rei do pedaço, do PiG (*).

Agora a colona (**) de Mônica Bergamo na Folha (***) diz que Agnelli pagou a módica quantia de R$ 800 mil a um ator da Globo para complementar uma série de comerciais que, na prática, são uma afronta ao presidente Lula.

Agnelli despejou milhões de reais – e mais R$ 800 mil – numa campanha para argumentar que “agregou” valor à Vale.

Não é verdade.

Ele agregou valor à carreira dele.

E agora pega esse comercial que custou, ao menos, os R$ 800 mil ao ator da Globo (mas é da Globo, sabe como é, amigo navegante …), e põe na gaveta, porque, talvez, a tal campanha afrontosa tenha começado a pegar mal.

Como acionista da Vale, exijo a imediata saída desse herói do PiG (*).

Que vá ser diretor financeiro da Folha (**) ou do Estadão, que devem precisar de um …

(E que tal a Assembleia de acionistas exigir que o Agnelli devolva os R$ 800 mil que ele pagou ao ator da Globo ?)

Paulo Henrique Amorim

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