no Conversa Afiada
Como proprietário de ADRs da Vale na Bolsa de Nova York, sinto-me no direito de exigir a demissão sumária de Roger Agnelli do cargo de presidente da Vale.
O Conversa Afiada se gaba de ter sido o primeiro a perceber que esse executivo de méritos discutíveis jogava no ralo o patrimônio da Vale – e de seus acionistas –, em benefício dos lucros de curto de prazo e, especialmente, de sua carreira.
O Conversa Afiada foi o primeiro a denunciar que esse Agnelli se comportava como DONO da Vale e, não, como empregado.
Ele se sentia o rei do pedaço, porque era o “queridinho” do PiG (*).
Ele deve ter dado mais entrevistas à urubóloga Miriam Leitão do que o Pedro Malan …
Agnelli era a anti-Petrobrás.
De um lado, o PiG(*) jogava a Petrobrás no precipício da ineficiência estatizante.
Do outro, depositava Agnelli no “Panteão Margaret Thatcher”, entre Milton Friedman, Pinochet e John D. Rockefeller, como um titã da eficiência privatista.
Papão furado.
Agnelli manteve a Vale trancada num nicho jurássico: ser uma exportadora de minério de ferro.
Séculos depois, o Governo Lula acordou para o fato de que os fundos de pensão das estatais – Petros, Previ e Funcef, que já tinham caído na patranha da BrOi pelas mãos de outro “Agnelli” – iam cair na patranha do Agnelli.
Agnelli desmata.
Agnelli demite na hora errada.
Agnelli não constrói siderúrgicas.
Agnelli compra na China navios que o Brasil pode produzir em Pernambuco.
Agnelli é o rei do pedaço, do PiG (*).
Agora a colona (**) de Mônica Bergamo na Folha (***) diz que Agnelli pagou a módica quantia de R$ 800 mil a um ator da Globo para complementar uma série de comerciais que, na prática, são uma afronta ao presidente Lula.
Agnelli despejou milhões de reais – e mais R$ 800 mil – numa campanha para argumentar que “agregou” valor à Vale.
Não é verdade.
Ele agregou valor à carreira dele.
E agora pega esse comercial que custou, ao menos, os R$ 800 mil ao ator da Globo (mas é da Globo, sabe como é, amigo navegante …), e põe na gaveta, porque, talvez, a tal campanha afrontosa tenha começado a pegar mal.
Como acionista da Vale, exijo a imediata saída desse herói do PiG (*).
Que vá ser diretor financeiro da Folha (**) ou do Estadão, que devem precisar de um …
(E que tal a Assembleia de acionistas exigir que o Agnelli devolva os R$ 800 mil que ele pagou ao ator da Globo ?)
Paulo Henrique Amorim
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