Domingo à tarde, dia lindíssimo no parque. Céu azul por de sol daqueles típicos de outono. Hoje os animais começaram a sua algazarra muito cedo.
Engraçado como os sons do parque vão mudando a cada hora do dia... Pouco antes do sol aparecer, lá pelas 5 da manhã, os sabiás começam o seu desafio. Pouco depois, a gente começa a ouvir os quero-queros e o João-de-Barro - que construiu uma casa nova sobre a minha casa.
Agora à tarde o som é outro. O bando de animais bípedes que toma conta do espaço e expulsa os demais seres vivos para longe, enche a cara de cerveja (e outros produtos 'cheirosos' que a gente não consegue comprar no mercadinho perto de casa). O desafio é ver quem bebe mais e quem faz mais barulho. O mundo - os muros, os becos e as trilhas do bosque - assim como os nossos ouvidos, viram um imenso penico, no senso lato e no senso estrito. Os exemplares desta fauna tem um hábito engraçado de buscar abrigo debaixo das tampas abertas dos porta malas, que é o único jeito de distinguir o barulho que vem do seu próprio equipamento. Nós outros, que não ficamos debaixo da tampa dos porta-malas, escutamos um som indecifrável, produto da mistura de funk ("cada um no seu quadrado", "tô ficando atoladinha") musica gauchesca, sertanejo, axé e pagode com toques de música eletrônica e bate-estaca. Sentiu o drama?
Um pouco mais cedo eu saí com a Tiemi e com o João para pedalar. João faz o maior sucesso sentado na cadeirinha de capacete amarelo. Tive que desviar de dois exemplares desta "fauna vespertina" que caminhavam pela ciclovia com suas latinhas de cerveja.
Um deles - muito provavelmente o filósofo e orientador ideológico do bando - ponderava solenemente:
- "Nada a ver meu! Casar com menina grávida? Nada a ver!"
Nada mais disse, nem nada lhe foi perguntado...
Tive ímpetos de fazer a volta só para ouvir o finalzinho da conversa.
Engraçado como os sons do parque vão mudando a cada hora do dia... Pouco antes do sol aparecer, lá pelas 5 da manhã, os sabiás começam o seu desafio. Pouco depois, a gente começa a ouvir os quero-queros e o João-de-Barro - que construiu uma casa nova sobre a minha casa.
Agora à tarde o som é outro. O bando de animais bípedes que toma conta do espaço e expulsa os demais seres vivos para longe, enche a cara de cerveja (e outros produtos 'cheirosos' que a gente não consegue comprar no mercadinho perto de casa). O desafio é ver quem bebe mais e quem faz mais barulho. O mundo - os muros, os becos e as trilhas do bosque - assim como os nossos ouvidos, viram um imenso penico, no senso lato e no senso estrito. Os exemplares desta fauna tem um hábito engraçado de buscar abrigo debaixo das tampas abertas dos porta malas, que é o único jeito de distinguir o barulho que vem do seu próprio equipamento. Nós outros, que não ficamos debaixo da tampa dos porta-malas, escutamos um som indecifrável, produto da mistura de funk ("cada um no seu quadrado", "tô ficando atoladinha") musica gauchesca, sertanejo, axé e pagode com toques de música eletrônica e bate-estaca. Sentiu o drama?
Um pouco mais cedo eu saí com a Tiemi e com o João para pedalar. João faz o maior sucesso sentado na cadeirinha de capacete amarelo. Tive que desviar de dois exemplares desta "fauna vespertina" que caminhavam pela ciclovia com suas latinhas de cerveja.
Um deles - muito provavelmente o filósofo e orientador ideológico do bando - ponderava solenemente:
- "Nada a ver meu! Casar com menina grávida? Nada a ver!"
Nada mais disse, nem nada lhe foi perguntado...
Tive ímpetos de fazer a volta só para ouvir o finalzinho da conversa.
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